Ranking das 100 Melhores Marcas Globais

Ranking das 100 Melhores Marcas Globais
A 11ª. edição do ranking das 100 Marcas Globais Mais Valiosas confirma o sucesso atual das empresas de tecnologia nas áreas de computação e serviços de internet. Entre as 10 empresas mais valiosas em 2010, metade pertencem a esta área. E entre as que encabeçam a lista – com exceção da Coca-Cola que é a número um desde o primeiro ranking – estão a IBM , a Microsoft e o Google.

Do ranking, as marcas que tiveram os maiores ganhos em seu valor no último ano são reconhecidas empresas de tecnologia: Apple (+37%), Google (+36%) e BlackBerry (32%). A Apple aumentou o valor da marca usando o buzz marketing em torno lançamentos de novos produtos e o carisma de Steve Jobs para dar explicações em público sobre o defeito na antena de seu iPhone4. O BlackBerry continua a ser o smartphone mais popular para os executivos, apesar da pressão da Apple.Também obtiveram ganhos expressivos as empresas do setor financeiro J.P.Morgan (+29%) e Allianz (28%) por terem conseguido sair da crise com a reputação intacta e em claro movimento de recuperação.

No grupo das marcas que perderam valor está a Harley Davidson que caiu (-24%). Entre outras razões, em tempos de crise, a legendária motocicleta se tornou uma compra irrelevante. A Toyota (-16%) cuja marca era sinônimo de eficiência e confiança foi fortemente impactada por um recall anunciado em janeiro envolvendo diversos modelos defeituosos. A Nokia (-15%) reagiu muito lenta à invasão dos smartphones. A Dell (-14%) vem enfrentando dificuldades com o desenvolvimento de sua marca e sub-marcas. O Citi, com perda de (-13%), estava entre as instituições financeiras mais impactadas pela crise econômica de 2008.
“A grande mudança que percebemos neste ano é que a relação entre marcas e clientes têm mudado irrevogavelmente. E o motor da mudança é o comportamento do consumidor; menos fiel e mais cético em relação às marcas”, diz Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand no Brasil.

Esse consumidor pode optar por comprar um iPad ao invés de um laptop, pode usar uma pasta de dente de marca própria e misturar uma saia da rede espanhola Zara e luxuosíssimos sapatos Christian Louboutin. E quando quer obter informações sob um produto pesquisa na rede, confere as opiniões dos usuários em fóruns e blogs, participa de midias sociais. Para as marcas, passa a ser corriqueiro viver sob o constante estresse da escolha e da crítica do consumidor.

Esse consumidor pode optar por comprar um iPad ao invés de um laptop, pode usar uma pasta de dente de marca própria e misturar uma saia da rede espanhola Zara e luxuosíssimos sapatos Christian Louboutin. E quando quer obter informações sob um produto pesquisa na rede, confere as opiniões dos usuários em fóruns e blogs, participa de midias sociais. Para as marcas, passa a ser corriqueiro viver sob o constante estresse da escolha e da crítica do consumidor.

“A complexidade deste novo cenário é inegável, mas as marcas que agirem com autenticidade e clareza sairão em vantagem no caminho da construção de uma marca sólida”, diz Pinedo.

A Interbrand, consultoria de gestão de marcas, publica o ranking das 100 maiores marcas – o Best Global Brands - baseada em uma metodologia exclusiva. O valor da marca é uma representação financeira do que a marca significa para os ganhos de uma empresa. O cálculo leva em conta três fatores: os ganhos financeiros obtidos pelas empresas com suas marcas, a preferência dos consumidores pela marca e estimativas sobre a capacidade da marca de gerar ganhos no futuro. Todas as marcas que integram o ranking devem ser empresas de capital aberto, com dados financeiros publicados e um terço de seu faturamento realizado fora do país de origem.

A íntegra do Best Global Brands 2010 está disponível, juntamente com análises e metodologia, em http://www.thebestglobalbrands.com.

As dez marcas mais valiosas
1. Coca-Cola: US$ 70,4 bilhões
2. IBM: US$ 64,7 bilhões
3. Microsoft: US$ 60,8 bilhões
4. Google: US$ 43,5 bilhões
5. GE: US$ 42,8 bilhões
6. McDonald´s: US$ 33,5 bilhões
7. Intel: US$ 32 bilhões
8. Nokia: US$ 29,4 bilhões
9. Disney: US$ 28,7 bilhões
10. HP: US$ 26,8 bilhões
Fonte: Interbrand – Best Global Brands 2010

O valor das marcas em 2010

• As que mais ganharam

• Apple +37%
• Google +36%
• BlackBerry +32%
• J.P. Morgan + 29%
• Allianz +28%

• As que mais perderam

• Harley Davidson -24%
• Toyota -16%
• Nokia -15%
• Dell -14%
• Citi -13% 


Fonte: Interbrand – Best Global Brands 2010

Brasil está entre os 10 países mais desiguais do mundo

O economista-chefe do Centro de Políticas Sociais, vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Côrtes Neri, afirmou que a baixa escolaridade da população brasileira mantém o País entre as dez nações mais desiguais do mundo. "Ainda estamos no top 10 da desigualdade mundial", disse.
Análise publicada pelo economista na mostrou que, desde 1996, há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009.
Apesar da queda, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e da Índia (0,300) e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana. "Saímos do pódio, mas ainda estamos entre os mais desiguais", afirmou o economista.

O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), disse que "a educação no Brasil é muito ruim" e que há um "excesso de valorização" da escolaridade, o que explica a grande diferença salarial entre quem tem curso superior e quem não tem nenhuma formação. Para ele, o desempenho educacional "não tem melhorado muito" e, portanto, nos próximos dez anos o quadro de desigualdade permanecerá.


De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças na escola resultará em melhoria de renda no futuro.
Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95 milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceram na escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino.

Construção de estádios para a Copa de 2014 tem detalhes obscuros

Há algo muito estranho nos bastidores dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, que por irresponsabilidade de alguns acontecerá no Brasil. Depois de muita briga política nas coxias do evento, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deu sinal verde para que o Corinthians construísse um estádio na Zona Leste da capital paulista, com a promessa da Fifa de que a arena abrigará o jogo de abertura do maior evento do futebol mundial.

Longe das exigências que fez aos organizadores da Copa da África do Sul, a Fifa parece ter concordado com o projeto apresentado pelo alvinegro paulistano, que nem de longe é um estádio totalmente fechado. Para construir o tal estádio, com capacidade para 48 mil torcedores, o BNDES anunciou uma linha de crédito no valor R$ 400 milhões. Orçado inicialmente em R$ 350 milhões, o projeto exigirá investimento de mais R$ 180 milhões para aumentar a capacidade do novo estádio para 65 mil torcedores, exigência básica da Fifa para jogos de Copa do Mundo. A diretoria do Corinthians já avisou que não investirá um centavo na obra.
Diante da flexibilização da Fifa em relação à arena do Corinthians, a reforma do Estádio Mário Filho, o Maracanã, torna-se inócua. Com previsão inicial de gastos de R$ 706 milhões, podendo chegar aos R$ 880 milhões, o Maracanã, reformado há pouco mais de três anos, não precisa da anunciada repaginação, pois conceitualmente é muito melhor e mais próximo das exigências da Fifa do que o estádio do Timão. Sem contar que outros estádios que serão construídos em várias cidades brasileiras são totalmente desnecessários, pois os atuais atendem tranquilamente aos requisitos da competição.
A sandice que tomou conta do País em relação às novas arenas será uma cornucópia direcionada para poucos, mas financiada pelo suado dinheiro de muitos. Como acontece por aqui desde 1500.

Saúde tem pior nota em novo índice da ONU para o Brasil

O novo índice de valores humanos divulgado nesta terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela um desempenho mais baixo do Brasil em termos de saúde do que em trabalho e educação, os três setores avaliados.

O Índice de Valores Humanos (IVH) é composto pelos subíndices de trabalho, saúde e educação e, segundo seus idealizadores, é uma tentativa de levar em conta a importância dos valores humanos para os processos de desenvolvimento.

Em uma escala de zero a 1, sendo 1 o melhor resultado, o Brasil tem um IVH de 0,59. Quando o tema é trabalho, o resultado foi de 0,79. Na educação, o índice ficou em 0,54, e na saúde, em 0,45.

Em vez de se concentrar em dados como expectativa de vida ao nascer e taxa de alfabetização, por exemplo, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que classifica todos os países membros das Nações Unidas, o novo indicador foi elaborado a partir das experiências da população brasileira em termos mais subjetivos, como tempo de espera para atendimento médico ou situações de prazer e sofrimento no trabalho. 

"A ideia era construir um indicador que partisse do relato das pessoas", diz o coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil 2009/2010, Flávio Comim. 

Segundo Comim, que é economista-chefe do Pnud, o IVH só é realizado no Brasil e é um projeto-piloto, com o propósito de lançar uma metodologia que inclua uma maneira mais humana de medir o desenvolvimento.

"Vamos ver como vai ser recebido para determinar sua periodicidade", diz o economista.

Para chegar ao resultado, 2.002 pessoas foram entrevistadas em 24 Estados.

O IVH do Brasil em saúde foi de 0,45. A avaliação considerou o tempo de espera para atendimento médico ou hospitalar, a facilidade ou não de compreensão da linguagem usada pelos profissionais de saúde e o interesse da equipe médica percebido pelo paciente.

Na comparação por regiões, o Sul e o Sudeste apresentaram o maior IVH, ambas com 0,62, acima da média do Brasil, de 0,59. A região Norte foi a que apresentou o menor índice, com 0,50.

Segundo os autores do relatório, o baixo valor da região Norte pode ser atribuído principalmente à dimensão da saúde, com índice de 0,31, bem abaixo da média nacional de 0,45 nesse quesito.

De acordo com o documento, 67% dos moradores da região Norte consideram demorada a espera para receber atendimento médico e apenas 38% dizem que a linguagem utilizada pelos profissionais da saúde é de fácil ou razoável compreensão.

Trabalho e educação
O IVH relacionado ao trabalho foi calculado a partir da avaliação de 17 experiências relacionadas ao prazer no trabalho, como realização profissional e liberdade de expressão, e outras 15 ligadas ao sofrimento, como fatores de esgotamento emocional e falta de reconhecimento.

O índice do Brasil nesse caso foi de 0,79. A avaliação levou em conta o número de vezes que o trabalhador experimentou essas experiências nos seis meses anteriores ao questionário ou no último emprego.

No caso da educação, a média brasileira foi de 0,54. Esse subíndice levou em conta os valores das famílias, dos alunos e dos professores.

Para isso, o Pnud avaliou quais os conhecimentos considerados pelas famílias mais importantes na formação e como são as relações de alunos e professores no sistema educacional.
Na maior parte do país, 36,2% dos entrevistados responderam que a educação deve dar prioridade a conhecimentos para formar um bom cidadão.
A exceção foi a região Norte, onde 40,4% consideram que o mais importante são conhecimentos para conseguir um bom emprego.

Relatório

O IVH faz parte do Caderno 3 do Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil 2009/2010.

O caderno inclui ainda exemplos e boas práticas de políticas de valor, com recomendações para contribuir para os dois objetivos principais definidos pela população brasileira na Campanha Brasil Ponto a Ponto, realizada no ano passado: redução da violência e melhoria da qualidade da educação.

Os idealizadores do IVH também chegaram à conclusão de que a percepção dos valores humanos no Brasil depende do nível de renda individual - e, em geral, quanto maior a renda, melhor a avaliação dos valores.

Os resultados também indicam que, quanto maior o nível de escolaridade, melhor o IVH. Essa tendência, porém, se inverte em relação ao índice específico de educação, em que pessoas com maior nível de escolaridade registraram IVH mais baixo.

Quando avaliadas as diferenças de gênero, o IVH de trabalho é maior para homens (0,82) do que para mulheres (0,76).