Shizuoka lança guia para estrangeiros sobre como agir em caso de desastres naturais

SHIZUOKA (IPC Digital) – A Divisão de Coexistência Multicultural da Província de Shizuoka lançou um guia de 24 páginas, em japonês com furigana (hiragana sobre o kanji), aos estrangeiros que vivem na província, com o intuito de passar informações sobre como agirem quando ocorrer um terremoto ou tsunami e como devem se proceder nos abrigos.
Nesse guia as explicações são em japonês de fácil compreensão, com ilustrações coloridas. Quando da ocorrência de um desastre natural como terremoto, enchente, tsunami ou tufão, as orientações passo a passo são úteis.  
As orientações de como devem se proceder nos abrigos, após serem evacuados das áreas de risco, foram inspiradas nos acontecimentos após o Grande Terremoto Hanshin Awaji. Houve confusão quando da distribuição de alimentos, quando os desabrigados não faziam fila, por exemplo. Para que haja um clima de harmonia e solidariedade, são apontados como exemplos dar vez aos idosos ou agir em cooperação com todos na limpeza, organização, etc.
A província de Shizuoka tem 72.690 estrangeiros, sendo a maioria do Brasil e Filipinas. Segundo o jornal Yomiuri, para a confecção desse guia foram ouvidos representantes dessas comunidades para sanar dúvidas e fornecer informações de forma que todos possam compreender.
Os 10 mil exemplares estão sendo distribuídos através das prefeituras da província. Para quem quiser baixar uma versão digital, pode fazê-lo através desse link.
Fontes: Yomiuri Shimbun e Governo da Província de Shizuoka

Laboratório de Tempestades Severas EUA, diz que Sudeste e Sul do Brasil estão entre os lugares mais propícios a tornados no mundo

As regiões Sudeste e Sul do Brasil estão na 2ª área de maior probabilidade de ocorrência de tornados no mundo, perdendo somente para o Meio-Oeste dos EUA, segundo estudo do Laboratório Nacional de Tempestades Severas.


Em 20 de Abril/15, um tornado Cunha atingiu a cidade de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina – danos em mais de 30% da área urbana. Estimativa entre F3/F4 segundo a INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) declara ventos de até 330 km na região.


De acordo com o laboratório que fica nos EUA, o chamado “corredor de tornados” no Brasil compreende o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas e Mato Grosso do Sul. Estudo da Unicamp diz que São Paulo lidera o ranking, com Rio Grande do Sul em 2º e Santa Catarina em 3º. O estudo aponta que, entre 1985 e 2015, pelo menos foram 205 tornados registrados no Brasil.
Na América do Sul há uma forte incidência de Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM), que na maioria das vezes, estão associados a desastres naturais. Estes causam impactos não só do ponto de vista meteorológico, mas também social e econômico. O Sistema Convectivo de Mesoescala, que atuam na América do Sul, durante os anos de 1999, 2000 e 2001, segundo estudos. A análise dos dados mostra que mais da metade dos casos analisados sofrem dois tipos de variações na atividade convectiva, uma com período de 12 horas, e outra com menor periodicidade, 5,1 horas. Mostra-se que a evolução espacial dos SCM dá-se em média na direção das latitudes mais baixas, de forma discreta com o aparecimento de novos núcleos, na direção noroeste em relação ao núcleo antigo.
Carta Epagri de 14/07/2015

Um sistema SCM é um complexo de tempestades que se organizam em uma escala maior do que uma tempestade individual, mas menor do que ciclones extratropicais, com persistência de várias horas.
Um Complexo Convectivo de Mesoescala, ou CCM, é um tipo de SCM que é definido a partir de características físicas observadas através de imagens de satélite (Maddox 1980):
Algumas condições necessárias para a formação de um CCM é a presença do Jato de Baixos Níveis, um cavado no nível de 500 hPa e Jato Altos Níveis ao sul da região de formação.
Os SCM, que são constituídos por um aglomerado de nuvens convectivas e que apresentam área com contínua precipitação, que pode ser parcialmente estratiforme e parcialmente convectiva, possuem formas variadas (Houze, 1993; Machado & Rossow, 1993). Podem ser classificados como: Linhas de Instabilidade (LI), os que possuem forma de linha; Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), os que apresentam um formato circular ou simplesmente, SCM, os de formas irregulares.
CCM/SCM – Complexo Convectivo de Mesoescala Julho de 2015. 
Carta Sinótica WunderMap.

O sistema conhecido como CCM produziu milhares de descargas elétricas das 10h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira (13) até meia-noite de (14/07) aproximadamente.
Carta Rindat

De acordo com o sistema de detecção de raios da Somar Meteorologia, foram 6.779 descargas elétricas observadas neste período, numa distância de até 100 quilômetros a partir da capital Porto Alegre.
Está na hora das autoridades competentes levarem mais a sério estes dados, a ocorrência de tornados tem se intensificado de forma alarmante, principalmente na região Sul do Brasil.
Mitos:
 MITO: áreas próximas a rios, lagos e montanhas estão a salvo de tornados.
 FATO: nenhum terreno está a salvo de tornados.
 MITO: a baixa pressão de um tornado faz edifícios e casas “explodirem” quando o tornado passa
por cima.
 FATO: os ventos violentos e os destroços que o tornado carrega é que causam os danos
estruturais.
 MITO: as janelas devem ser abertas quando um tornado se aproxima, para equalizar a pressão e
minimizar os danos.
 FATO: abrindo janelas você permite que ventos fortes entrem na estrutura, destruindo tudo. Deixe
as janelas fechada se vá imediatamente para um porão, sala interior, ou banheiro sem janelas.

Legenda de escalas de EF0 a EF5:
EF0 – 65 a 115 km/h (Leves),
EF1 – 115 a 180 km/h (Moderados),
EF2 – 180 a 250 km/h (Fortes),
EF3 – 250 a 330 km/h (Severos),
EF4 – 330 a 420 km/h (Devastadores),
EF5 – 420 a 530 km/h (Incríveis).

Jornalismo Científico, histórico dos TORNADOS no Brasil:
Registros de tornados no Brasil de 1985 até 2015.
– 16 de Maio de 1948 – um tornado F3 atingiu a cidade de Canoinhas em Santa Catarina, cerca de 23 pessoas morreram.
 30 de setembro de 1991, um tornado F4 atingiu o município de Itu, São Paulo, causando 16 mortes e 200 feridos. Cerca de 450 mil pessoas ficaram sem luz e telefone.
– 17 de maio de 1992 o município de Almirante Tamandaré (Paraná) foi atingido por um tornado F3 causando 6 fatalidades, 105 feridos, 1700 desabrigados e danos severos em 480 casas.
– 17 de fevereiro de 1985 – São Paulo, SP (tornado F0 na forma de tromba d’água na Represa de Guarapiranga atinge o São Paulo Yacht Club).
– 30 de setembro de 1991 – Itu, SP (tornado F4, provavelmente o maior já registrado no país mas não documentado pela mídia impressa com 16 mortes).
– 28 de novembro de 1995 – Campinas, SP (tornado não documentado pela mídia impressa onde foram destruídos vários prédios da região, inclusive o centro de convenções da Unicamp).
– 27 de janeiro de 1996 – litoral de Santa Catarina (Tromba d’água) – litoral de Santa Catarina.
– 13 de fevereiro de 1999 – Osório, RS 11 de outubro de 2000- Viamão, RS- F3 (uma morte e cidade parcialmente destruída.
3 de Maio de 2001 – Rio de Janeiro, RJ – Tromba d’água.
 4 de maio de 2001 – Região de Campinas, SP (tornado F3 deixou uma pessoa morta e prejuízo superior a 30 milhões de reais).
– 3 de outubro de 2002, um tornado com ventos entre 195 e 230 km/h atingiu a cidade de Cruz Alta (RS), mas felizmente não causou mortes, embora tenha atingido 80% da cidade.
– 8 de julho de 2003 – São Francisco de Paula;
11 de dezembro de 2003, um tornado atingiu o município de Antônio Prado, no Rio Grande do Sul causando cinco mortes.
– 25 de maio de 2004, um tornado F3 atingiu o município de Palmital (SP), deixando 4 mortos e 25 feridos.
– 11 de dezembro de 2003, SP – Antônio Prado;
– 25 de maio de 2004, RS – Palmital – SP (tornado F3 tombou um ônibus deixando 4 mortos e 25 feridos).
– 3 de janeiro de 2005 – Criciúma, SC (tornado F1, dois tornados simultâneos).
– 21 de fevereiro de 2005 – Rio de Janeiro (Magé/RJ) – Tromba d’água.1
– 8 de abril de 2005: Rio de Janeiro – Tromba d’água no Rio de Janeiro – RJ;
 10 de maio de 2005 – Ubatuba, SP (Tromba d’água).
– 24 de maio de 2005, um tornado F3 tipo múltiplo vórtice até então só registrado nos Estados Unidos, atingiu o município de Indaiatuba, em São Paulo, houve 14 feridos e R$ 100 milhões em prejuízos.
 20 de junho de 2005 – Macaé, RJ – Um tornado danificou ao menos 20 casas e seis helicópteros, na noite de segunda-feira, em Macaé (RJ). Seis pessoas tiveram ferimentos leves.
– 8 de agosto de 2005 – Bacia de Campos, RJ – Tromba d’água.
– 30 de agosto de 2005 – Muitos Capões, RS (tornado F2, acompanhado de chuva e granizo).
 26 de outubro de 2005 – Manaus, AM (Tromba d’água).
– 2 de janeiro de 2006 – Florianópolis;
– 22 de fevereiro de 2006 – Joinville, SC pequeno tornado atingiu a cidade, ele foi classificado como F0.
– 23 de março de 2006 – Florianópolis, SC (Tornado escala F1);
– 29 de março de 2006 – Piracicaba, SP (Tornado escala F1);
– 19 de janeiro de 2007 – Promissão, SP (Tornado escala F1);
 24 de setembro de 2007 – Ji-Paraná, RO, (F1);
– 20 de outubro de 2007 – Ronda Alta, RS (tornado F2, acompanhado de chuva e granizo);
– 13 de novembro de 2007 – Meio Oeste e Oeste catarinense, SC (tornado F1, acompanhado de chuva e granizo, destelhou muitas casas em Campos Novos;
 14 de novembro de 2007 – Noroeste gaúcho, RS (tornado F1, foi acompanhado de muita chuva e granizo, 90% das casas destelhadas, algumas casas e uma Igreja Evangélica foram totalmente destruídas, prédios públicos foram atingidos e muitos postes de luz, torres e árvores
também foram ao chão em Boa Vista do Buricá;

 12 de Fevereiro de 2008 – Salvador, BA (tornado F0, formação de pequena tromba d’água na praia da Paciência, localizada no bairro do Rio Vermelho;
– 16 de Fevereiro de 2008 – Tubarão, SC. Tornado com intensidade F1 no distrito de Lageado, no município de Tubarão, SC. 10 árvores caíram, duas casas tiveram seus telhados arrancados e uma pessoa ficou ferida quando a porta de sua casa foi arrancada pela força do vento;
 2 de Março de 2008 – Florianópolis, SC. Tromba d’água, com intensidade desconhecida, se formou próximo ao município de Governador Celso Ramos e foi até a praia de Canavieiras em
Florianópolis;

– 10 de Março de 2008 – Campinas, SP.22 de abril de 2008 – Cesário Lange, SP;
– 10 de Junho de 2008 – Santarém, PA. Tornado F0 se formou no rio que banha esta cidade, se caracterizando como uma tromba d’água durante 8 minutos, sem causar danos;
– 26 de Junho de 2008– São Luís, MA. Tornado F0 atingiu zona rural da capital maranhense, derrubando árvores e causando pequenos estragos. O fenômeno teve duração de apenas 5 minutos;
– 10 de Setembro de 2008 – Tabaí, RS. Tornado F1 atinge a BR-386, em território deste mesmo município, derrubando alguns veículos e várias árvores;
– 15 de Novembro de 2008 – Itupeva, SP. Tornado provoca destruição da creche;
– 29 de Novembro de 2008 – Coração de Maria, BA. Pequeno tornado atinge a cidade, causando vários danos. Várias famílias ficaram desabrigadas e 90% das casas foram danificadas;
– 25 de Dezembro de 2008 – Lins, SP. Tornado atinge a zona rural deste município sem causar vítimas e danos;
– 21 de abril de 2009 – Rio de Janeiro, RJ. – Tromba d´água na Praia de São Conrado na Auto Estrada Lagoa-Barra, Litoral do Rio de Janeiro;
– 27 de abril de 2009 – Rio de Janeiro, RJ. – Tromba d´água na Praia de Ipanema – Posto 8;
– 6 de junho de 2009 – Rio de Janeiro RJ. – Tromba d´água na Barra da Tijuca;
– 8 de setembro de 2009, um tornado F4 percorreu a província argentina de Misiones e o oeste de Santa Catarina deixando 4 mortos e 1,5 milhão de pessoas sem energia no estado;
– 21 de setembro de 2010, um tornado F2 atingiu as cidades serranas de Gramado e Canela (RS), deixando 10 pessoas feridas, e pelo menos 480 casas danificadas, e mais de 250 árvores arrancadas;
– 19 de Janeiro de 2011 – Rio de Janeiro – um tornado F1 em Nova Iguaçu destelha casas;
 Setembro de 2013 – Londrina, Paraná, por influência da mesma super célula, houve um vendaval com ventos de até 107 km /h por hora, destelhando 200 casas, arrancando árvores e danificando imóveis, comércios e faculdades, cerca de 15 mil pessoas ficaram sem energia e água;
– 22 de setembro de 2013, um tornado F3 atingiu o município de Taquarituba, no estado de São Paulo, causando 2 mortes e mais de 64 feridos;
 31 de Dezembro de 2013 – Rio de Janeiro – um tornado F0 na Zona Oeste do Rio, provoca destelhamento de casas no bairro de Bento Ribeiro;
 Janeiro de 2014 – Rio de Janeiro – uma tromba d’água se forma na Barra da Tijuca se deslocando para a terra. Não houve incidentes;
 12 de abril de 2014, uma série de tornados atingiu o Rio Grande do Sul provocando 1 morte em Erebango e deixando mais de 2 mil desabrigados no estado;
– 24 de setembro de 2014, um tornado foi registrado em Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, o funil atingiu um barco causando o naufrágio que vitimou 11 pessoas e deixou 3 desaparecidas;
– 31 de Dezembro de 2014 – Rio de Janeiro – dois tornados F0 na Zona Oeste do Rio, provocam destelhamento de casas e árvores arrancadas nos bairros de Campo Grande e Praça Seca;
– 21 de janeiro de 2015, um tornado foi registrado em Pérola (Paraná), o tornado atingiu uma indústria que desabou deixando 1 morto.
– Fevereiro de 2015 – Rio de Janeiro – um tornado F0 registrado nos bairros da zona oeste do Rio entre Madureira e Rocha Miranda, não houve feridos;
 20 de Abril de 2015 – Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina – tornado do tipo cunha destrói a cidade de Xanxerê, danos em mais de 30% da área urbana. Estimativa entre F3/F4, INMET declara ventos de até 330 km na região. Prefeito da Cidade Xanxerê declara estado de calamidade pública, foram comprovadas 4 mortes e mais 15 em estado grave.
Julho de 2015, pelo menos 3 tornados foram registrados entre Santa Catarina e Paraná, ocorrendo um Francisco Beltrão-PR destruição no local, em Mariópolis outro tornado, Colômbia Nova, Gramados e Candeias deixando um rastro de destruição. Mais de 40 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos por chuva de granizo do tamanho de bolas de beisebol provocados por uma CCM/SCM – Complexo Convectivo de Mesoescala.
Fonte: Revista Visões Urbanas

Pais estressados ​​afetam o desenvolvimento do cérebro dos filhos

 Cada vez mais, os cientistas percebem que o DNA não é a única maneira pela qual um pai pode passar traços para sua prole. Acontecimentos vividos pelos pais ao longo da vida também podem ter um impacto no desenvolvimento de seus filhos.

Agora, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, demonstraram a nível molecular como passar por estresse altera o esperma de um rato macho de tal forma que ele afeta a resposta de sua prole ao estresse. Esta mudança é transmitida epigeneticamente – através de outros meios que não o código de DNA – por moléculas chamadas microRNAs, ou miRs.

O trabalho, liderado por Tracy L. Bale, professora de neurociência na Faculdade de Medicina Veterinária da instituição e da Perelman School of Medicine, fornece pistas importantes para a compreensão de como as experiências de vida de um pai podem afetar o desenvolvimento do cérebro e a saúde mental de seus filhos através de meios puramente biológicos, e não comportamentais.

“Para mim, é notável que o estresse aparentemente leve de um rato macho provocaria essa mudança substancial na resposta do microRNA e que ela iria ficar conectada ao curso do desenvolvimento de sua prole”, disse Bale em entrevista ao site Medical Xpress. O artigo foi publicado na revista “Proceedings” da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Estresse genético

Em pesquisas anteriores, o laboratório da pesquisadora tinha mostrado que camundongos machos que eram estressados antes de se reproduzir (por medidas como a mudança gaiolas ou expondo-os ao odor da urina de um predador), tiveram filhotes com uma resposta “amortecida” ao estresse. Quando compararam o esperma dos pais estressados ​​com o de exemplares não estressados, os cientistas descobriram um aumento da expressão de nove miRs nos animais estressados.
Ao contrário de alguns outros tipos de RNA, miRs não codificam uma proteína; em vez disso, eles servem para silenciar ou degradar RNAs mensageiros específicos, impedindo-os de serem traduzidos em proteínas. “Apenas mostrar que os níveis eram diferentes não torna [a descoberta] relevante ou interessante. Queríamos descobrir se eles estavam tendo um papel causal”, conta a estudiosa.
Para descobrir isso, a equipe microinjetou os nove miRs em zigotos rato, que foram então implantados em camundongos fêmeas normais que os gestaram como “barrigas de aluguel”. Eles também incluíram grupos de controle em que os zigotos receberam uma injeção simulada ou uma injeção de um único miR. Quando os filhotes se tornaram adultos, os pesquisadores examinaram a resposta ao estresse, assim como haviam feito em seu estudo de 2013. “Os resultados mapeados exatamente o que tínhamos mostrado antes”, declarou Bale.
Quando submetida a um estresse leve – neste caso, ser presa por um período curto de tempo -, a prole que veio dos zigotos que receberam as injeções de multi-miR tinham níveis de cortisona mais baixos em comparação à prole nos grupos de controle. Os ratos no grupo de injeção multi-miR também tiveram alterações significativas na expressão de centenas de genes no núcleo paraventricular, uma região do cérebro envolvida na regulação do direcionamento do stress, sugerindo alterações difundidas no neurodesenvolvimento primário.

Soldados do RNA

Por fim, os pesquisadores tinham como objetivo determinar como os miRs realizavam esse efeito após a fertilização. Como os miRs são conhecidos por selecionar e degradar o microRNA, a equipe analisou o mRNA materno armazenado – um pacote genético que está contido dentro do óvulo quando se funde com o esperma e existe apenas por uma pequena janela de tempo para dirigir o desenvolvimento zigótico primitivo.
“As pessoas costumavam pensar que, porque o mRNA materno armazenado é traduzido durante aquele desenvolvimento inicial de duas células e de quatro células, a mãe tem um papel muito importante nesses estágios iniciais e o não tem papel algum”, disse Bale. “Porém, nós acreditamos que talvez esses miRs do esperma poderiam estar atacando este mRNA materno e direcionando quais mRNAs são traduzidos”.
Os pesquisadores injetaram novamente miRs em zigotos e realizaram injeções de controle, mas, desta vez, eles incubaram os zigotos por oito horas e, em seguida, ampliaram o RNA em cada célula para procurar os níveis de expressão genética. Eles descobriram que, de fato, a injeção multi-miR parecia estar atacando o mRNA materno, resultando numa redução nos níveis de mRNA em comparação às injeções de controle. Os genes envolvidos na remodelação da cromatina foram especificamente afetados.

O papel do cérebro

Bale suspeita que quando um macho passa por experiências estressantes, isso pode desencadear a liberação de miRs contidos em exossomos de células epiteliais que revestem o epidídimo, o local de armazenamento e maturação do esperma entre os testículos e os vasos deferentes. Estes miRs podem ser incorporados no esperma em maturação e influenciar o desenvolvimento na fertilização.
O próximo trabalho do grupo é examinar quais fatores iniciais poderiam levar à liberação de exossomos e miR e se uma intervenção, tais dar aos machos estressados um enriquecimento ou uma recompensa, pode impedi-los de transmitir uma resposta ao estresse anormal para a próxima geração.
Eles também esperam estudar o papel dos miRs em seres humanos para discernir se alguns podem variar em resposta ao stress de uma maneira semelhante a que acontece com os camundongos.
O trabalho foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos. Fonte: Medical Xpress

Pesquisadores criam sistema de aprendizado instantâneo estilo Matrix, através de estimulação cerebral

Pesquisadores dos Laboratórios HRL, de propriedade da Boeing e da General Motors, descobriram que é possível usar um sistema de estimulação cerebral para fazer uma pessoa aprender “instantaneamente” uma habilidade.

Seus testes mostraram que, usando estimulação transcraniana por corrente direta para enviar a atividade cerebral de pilotos comerciais e militares experientes na cabeça de pilotos principiantes, estes podiam aprender a voar em um simulador realista.

Em outras palavras, os indivíduos que receberam a estimulação cerebral através de toucas na cabeça com eletrodos melhoraram suas habilidades de pilotagem.
“À medida que descobrirmos mais sobre a otimização, personalizando e adaptando protocolos de estimulação do cérebro, vamos provavelmente ver essas tecnologias tornarem-se rotina em ambientes de treinamento e sala de aula”, disse o Dr. Matthew Phillips, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

Neuroplasticidade

Quando você aprende algo, seu cérebro se altera fisicamente. Conexões são feitas e fortalecidas em um processo chamado de neuroplasticidade.
Certas funções cerebrais, como a memória, são concentradas em certas regiões do órgão. O sistema desenvolvido pelo pessoal dos Laboratórios HRL alveja essas alterações em regiões específicas do cérebro conforme você aprende.
“À medida que descobrirmos mais sobre a otimização, personalizando e adaptando protocolos de estimulação do cérebro, vamos provavelmente ver essas tecnologias tornarem-se rotina em ambientes de treinamento e sala de aula”, disse o Dr. Matthew Phillips, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.
Eles querem personalizar essa simulação para que seja o mais eficaz possível. Os cientistas convidaram pilotos experts para o experimento a fim de observar como o seu cérebro se parece enquanto eles desenvolvem tarefas complexas. Em seguida, tentaram fazer o cérebro de pilotos inexperientes funcionar da mesma maneira.
Os pesquisadores visualizaram em tempo real as alterações que estavam induzindo nos cérebros dos pilotos principiantes, para poderem adaptar a tecnologia conforme as necessidades individuais (nem sempre o que funciona para uma pessoa, funciona para outra).

Melhora de 33%

Os pilotos inexperientes tiveram uma melhora de 33% em suas habilidades depois de receber a estimulação cerebral, em comparação com pilotos que não receberam.
No entanto, esse campo de estudo ainda é muito novo, e os cientistas apontam que precisa ser aperfeiçoado. Logo, a tecnologia está longe de se tornar comercial.
No futuro, “é possível que a estimulação do cérebro seja implementada em classes como formação de condutores, preparação para vestibular e aprendizagem de línguas”, disse Phillips. Além disso, pode ajudar pessoas com lesões ou doenças que as impedem de ter funções cerebrais normais. 



Fonte: TechCrunch

Ausência de árvores pode provocar problemas cardíacos


Você já sabe que as árvores são essenciais para a saúde dos pulmões e para que possamos respirar tranquilamente. Experimente viver em um lugar pouco arborizado e você verá a diferença rapidamente. 

A novidade, no entanto, é que um novo estudo mostra que a ausência de árvores também pode causar problemas cardíacos. Uma equipe de cientistas analisou os efeitos na saúde da ausência de vegetação principalmente na cidade de Detroit-EUA, onde um tipo de besouro-verde está devastando a área verde local. 

Utilizando outras pesquisas para efeito de comparação, os especialistas perceberam que as pessoas que viviam nas áreas afetadas pelo besouro tinham 25% a mais de chance de sofrer de alguns tipos de doenças cardíacas. 

O que faz os resultados serem tão consideráveis é que a maior probabilidade de desenvolvimento das doenças apareceu de forma indistinta entre as idades. Isso sugere que, de fato, a vegetação está na raiz do problema. O que ainda é um ponto de interrogação para os cientistas é o motivo pelo qual se dá essa ligação. No entanto, eles acreditam que as árvores ajudam a reduzir a poluição do ar do ambiente ao seu redor. Um ambiente arborizado também pode ser mais atrativo para a prática de exercícios físicos, além de incentivar interação social e reduzir stress. 

Os autores do novo estudo lembram que uma série de pesquisas anteriores já apontavam que a presença de árvores pode ser responsável por melhorias na saúde e qualidade de vida das pessoas. 

Fonte: ScienceAlert