Red, personagem dos Angry Birds, é novo embaixador da ONU pelas mudanças climáticas


Ele é mal humorado e muito cabeça quente. Mas as crianças simplesmente o adoram. Red, o pássaro vermelho acima, é um dos principais personagens do game Angry Birds, criado pela empresa finlandesa Rovio Entertainment, e que virou um imenso sucesso no mundo todo. Além dos jogos, os pássaros se tornaram personagens de livros, desenhos animados e até, filmes.
Para aproveitar a popularidade dos Angry Birds com a criançada, Red foi nomeado pelas Nações Unidas como Embaixador pelas Mudanças Climáticas. Em evento com o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, no mês passado, o pássaro falou o que lhe deixa tão irritado: pobrezafome e a mudança global do clima.
“Esses embaixadores animados estão ajudando a trazer atenção para a importância da ação contra as mudanças climáticas em prol do nosso futuro comum. Você também pode se juntar a eles compartilhando suas próprias ações contra o aquecimento global, usando a hashtag #AngryBirdsHappyPlanet“, convidou Ban Ki-moon.
A campanha é resultado de uma parceria entre a Sony Pictures Entertainment, Fundação das Nações Unidas e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Recentemente, também foi lançado um novo game, o Angry Birds 2, em que os pássaros precisam proteger os animais nos oceanos. Durante todo o mês de abril, todo o dinheiro arrecadado com o download do app será revertido 100% para a organização WWF Internartional, que trabalha pela conservação da fauna e flora do planeta.
Ao receber o título de Embaixador pelas Mudanças Climáticas, Red deixou a seguinte mensagem para os fãs de Angry Birds:
Eu sou um Angry Bird e geralmente não estou de muito bom humor, principalmente quando aqueles porcos desagradáveis aparecem para me incomodar. Mas não consigo esconder uma certa felicidade, afinal o Secretário-Geral da ONU me designou como novo  Embaixador Honorário das Mudanças Climáticas.
Portanto, meu pequeno coração duro teve que amolecer. Eu, Chuck, Bomb e Matilda agora temos outras preocupações além dos porcos. Temos que ficar atentos à mudança global do clima e aos pequenos e grandes impactos que ela tem sobre o planeta. Na nossa ilha, por exemplo, o nível do mar e as tempestades estão mais fortes do que nunca. 
Os líderes mundiais já estão comprometidos com acordos globais para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa e em dar suporte para ações que visem diminuir o impacto das mudanças climáticas.
O PNUD apoia as pessoas a mudarem seus hábitos e os de suas comunidades. Essas mudanças são simples, e todos podem fazê-las, como andar a pé ou de bicicleta em vez de usar o carro. Quando for às compras, pode levar a própria sacola. Pode economizar água. E, por favor, desligue as luzes quando sair de um cômodo! Todas essas ações ajudam a fazer a diferença.
Cada um de nós deve fazer sua parte para superar o desafio da mudança do clima.
Eu vou viajar pelo mundo e falar para todos serem ecologicamente corretos. Então, por favor, una-se a mim e me mande um tweet, tire uma foto que mostre suas iniciativas por um mundo melhor. Compartilhe com a hashtag: #AngryBirdsHappyPlanet”.

Fonte: ONU

El Niño perde força, mas influencia clima até junho

Região Sul pode receber chuvas acima da normalidade, enquanto semiárido continua seco e quente


O fenômeno El Niño começa a perder força no Brasil, mas ainda influencia o clima e as temperaturas no Brasil até junho, aponta o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS/MCTI). 

Até lá, a região Sul pode receber chuvas acima da normalidade. Já na região Norte e parte da região Nordeste, as temperaturas devem começar a cair. 

Entre maio e julho, o volume de chuvas em parte do semiárido e na faixa leste da região Nordeste, que compreende o território entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia, deve ser menor do que a normal climatológica, ou seja, mais seco. Para o nordeste do Amazonas, o centro-norte do Pará, Roraima e Amapá, é previsto um índice pluviométrico dentro da normal climatológica. O mesmo vale para a região Sul do país. 

Segundo o meteorologista Marcelo Seluchi, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o fim do El Niño em junho anuncia um inverno mais frio em comparação com 2015. "Esse próximo inverno deve ser mais frio, mas, em comparação com a média histórica, com a média de 30 anos, por exemplo, apenas a região Sul deve ter um inverno mais ou menos dentro da normalidade. A parte central do País, regiões Sudeste, Centro-Oeste e o Norte, ainda deve apresentar temperatura acima do normal, talvez não tão elevadas quanto no ano passado, mas mais elevadas em comparação com a média histórica", explicou. 

O relatório do GTPCS também indica 70% de possibilidade de o fenômeno La Niña influenciar o clima no Brasil. Oposto do El Niño, o fenômeno La Niña diminui a temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico. 

Além do Cemaden, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) também participam do GTPCS. 

Fonte: MCTI

Mudança climática pode estar provocando um deslocamento dos polos da Terra

A posição do eixo da Terra mudou drasticamente, provavelmente devido ao derretimento das calotas de gelo (decorrente das mudanças climáticas) e de mudanças naturais da armazenagem hídrica em terra, revelou um estudo publicado no periódico Science Advances.


Erik Ivins, pesquisador sênior do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e co-autor do estudo, disse ao Huffington Post que o movimento da água na superfície da Terra afeta a distribuição da massa do planeta e seu eixo. Seria mais ou menos como acrescentar peso a um pião que estivesse rodopiando.
“Se pegássemos um pião girando e colocássemos um chiclete em cima ele, o pião começaria a rodar em torno de um eixo novo”, explicou Ivins em um e-mail. “Na Terra, como a água pode sair dos oceanos e ir para a Terra, afetando o nível mediano dos mares no planeta, isso também modifica os momentos de inércia, numa analogia exata ao chiclete colado em cima do pião em movimento.”
O deslocamento do eixo pode intensificar os efeitos das mudanças climáticas sobre nosso planeta estressado: as temperaturas globais estão subindo. Os eventos climáticos estão ficando mais extremos. O nível dos oceanos está subindo.

Muitos de nós devemos nos lembrar da escola primária, a Terra gira em torno de um eixo. Esse eixo é uma linha imaginária que atravessa o centro do planeta do Polo Norte ao Polo Sul e que fica inclinado em ângulo aproximado de 23,5 graus em relação ao plano orbital que inclui o Sol e a Terra.
Os cientistas sabem, há muito tempo, que a Terra tende a estremecer enquanto gira, levando os polos a deslocar-se levemente. Mas houve uma mudança dramática por volta do ano 2000, quando o Polo Norte se voltou para o leste.
Para tentar entender o porquê disso, Ivins e seu colega Surendra Adhikari analisaram dados geodéticos espaciais e gravimétricos de satélite de 2003 a 2015. Esses dados lhes permitiram identificaram sem ambiguidades o mecanismo causal que explica a deriva dos polos da Terra a partir de 2003.
Em seu estudo, eles escreveram que desde o início dos anos 2000 o eixo de giro da Terra vem se deslocando 75 graus para leste em relação a sua direção de deriva normal de longo prazo.
“Neste artigo falamos de uma mudança na ‘direção de deriva’”, disse Adhikari ao HuffPost em e-mail. “Ao longo do século 20 o polo estava se movendo em direção ao Canadá numa linha que acompanhava a longitude de 75 graus oeste. Hoje ele está se deslocando pelo meridiano central, ou seja, longitude zero, em direção ao Reino Unido. Logo, essa mudança de direção é de aproximadamente 75 graus para o leste, do Canadá ao Reino Unido.”
De acordo com informações da Nasa, os pesquisadores concluíram que a mudança de direção está sendo causada não apenas pelo derretimento das calotas de gelo, mas também pela perda de massa hídrica na Eurásia, decorrente das secas e do esgotamento de aquíferos.
“É a primeira vez que temos evidências sólidas de que mudanças globais na distribuição de água em terra também mudam a direção para a qual o eixo se desloca, disse Adhikari, o autor principal do estudo, à revista New Scientist.
Jonathan Overpeck, professor de geociências, na Universidade do Arizona e não participante do estudo, disse ao Guardian que a descoberta “ressalta como é real e profundamente grande o impacto que os humanos estão tendo sobre o planeta”.
Para Ivins, embora a descoberta seja surpreendente, não há razões para alarme. O deslocamente é relativamente pequeno e não há chances reais de que aumente a quantidade de radiação solar que chega a partes sensíveis da Terra.
“O que o deslocamento realmente mostra aos cientistas” - disse Ivins - “é que dispomos de uma nova ferramenta para estudar mudanças climáticas passadas de maneira muito quantitativa e precisa. Para nós, isso é significativo.”

Fonte: The Huffington Post

Desastres Naturais mataram 8 milhões e causaram 7 trilhões de dólares de prejuízos desde 1900


Os desastres naturais causaram mais de oito milhões de mortes em todo o mundo desde o início do século XX - cerca de 50.000 por ano - e custaram sete trilhões de dólares.

As inundações (38,5% dos danos) e as tempestades (20%) representam quase 60% desses custos, de acordo com o estudo, apresentado em Viena durante uma reunião da União Europeia de Geociências.

Desde 1900, os terremotos provocaram cerca de 30% das vítimas fatais de catástrofes naturais.
Os sismos causaram 26% das perdas econômicas atribuídas aos desastres naturais, e as erupções vulcânicas, 1%. A esses fenômenos se acrescentam os incêndios florestais, as estiagens, as ondas de calor e outros.
James Daniell, engenheiro do Instituto Tecnológico de Karlsruhe (oeste da Alemanha), registrou 35.000 desastres naturais entre 1900 e 2015, o que representa a maior base de dados que existe hoje sobre esse tema.
"As inundações são as primeiras responsáveis" pelas perdas econômicas e pelo número de mortos (a metade), declarou à AFP este cientista australiano especialista em estudo de riscos.
Não obstante, afirma Daniell, desde 1960 as tempestades se tornaram mais destrutivas que as inundações a nível econômico.
Desde o início do século XX, acrescenta o cientista, "o número de falecimentos atribuídos a catástrofes naturais se manteve constante, de maneira surpreendente, con una ligeira queda", ainda que a população mundial tenha aumentado consideravelmente.
"Cerca de 50.000 pessoas morrem a cada ano por causa delas", diz.

Ciclone "Fantala" deve atingir Madagascar nos próximos dias


O Ciclone tropical "Fantala" se tornou um grande ciclone e poderá atingir a categoria 5 na escala de furacões. A NASA observou fortes ventos ao redor do olho e confirma ser um sistema bem estruturado. Este sistema encontra-se ao norte de Madagascar.

"Fantala" está se movendo e mudando sua direção para oeste-noroeste à 4 nós. 

Os moradores ao norte da ilha devem permanecer em alerta e continuar a monitorar a tempestade. 

De acordo com o Joint Typhoon Warning Center (JTWC), "Fantala" deverá atingir o nordeste de Madagascar até dia 22.

Fonte: NASA

Tempestade no Chile deixa 1 morto e mais de mil desabrigados

Há 7 desaparecidos após tempestade que atinge Santiago desde sábado. 
Estradas estão bloqueadas e centenas de imóveis estão sem energia.


Uma pessoa morreu, sete estão desaparecidas e outras mil ficaram desabrigadas após uma tempestade que atinge desde sábado a região central do Chile, provocando inundações e prejudicando o fornecimento de energia no país. 

Segundo um relatório entregue neste domingo pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi), as regiões metropolitana de Santiago, além de O'Higgins e Maule são as mais afetadas até o momento. Várias estradas estão bloqueadas e centenas de imóveis estão sem energia e água potável. 

Na pequena localidade de El Melocotón, próxima a Santiago, uma mulher morreu e três pessoas estão desaparecidas após uma inundação que destruiu a casa onde estavam, informou a imprensa local. 

Em O'Higgins, o rio Tinguiririca arrastou vários imóveis, deixando pelo menos 765 pessoas isoladas. Duas pessoas estão desaparecidas na região, de acordo com as autoridades. 

Na região metropolitana de Santiago, onde o governo decretou alerta vermelho, mais de 4 milhões de pessoas estão sem água potável, e centenas de ruas estão intransitáveis. 

O alerta vermelho permite a mobilização de todos os recursos necessários e disponíveis para controlar a situação, dada a extensão e severidade do problema, explicou o Escritório Nacional de Emergência, vinculado ao Ministério do Interior do Chile. 

O rio Mapocho, que cruza Santiago, transbordou em várias regiões da comuna de Providencia, devido a trabalhos que uma empresa particular realiza no setor.

Tempestades no Uruguai matam sete pessoas e deixam 3.600 desabrigados

Tempestades e cheias no Uruguai já causaram a morte de sete pessoas e obrigaram 3.600 a deixar as suas casas nos últimos dias, informaram as autoridades.




Tempestades e cheias no Uruguai já causaram a morte de sete pessoas e obrigaram 3.600 a deixar as suas casas nos últimos dias, informaram as autoridades no domingo. 


Quatro pessoas morreram quando um tornado atingiu a cidade de Dolores, na sexta-feira, e outras três perderam a vida ao tentarem atravessar rios inundados na região, de acordo com dados oficiais. 

O Presidente Tabare Vazquez declarou dia de luto nacional no domingo. 

"Vamos reconstruir Dolores", prometeu, em declarações transmitidas pela rádio. 

Diversos edifícios ficaram destruídos na cidade, de acordo com a agência AFP. 

O Sistema Nacional de Emergência elevou no domingo o número de pessoas forçadas a deixar as suas casas após os rios transbordarem. 

O número de deslocados foi, assim, elevado dos 2.000 indicados no início do dia para 3.600. 

A localidade mais duramente atingida foi Rosario, a 130 quilómetros da capital, Montevideu. 

O rio Rosario transbordou, cortando a estrada nacional que liga Montevideu à cidade turística de Sacramento de Colonia e à capital argentina, Buenos Aires. 

Friozinho confirmado para o fim do mês

Em abril é normal a parada da chuva sobre o Brasil Central, devido à passagem de frentes frias com massas polares que começam a estabilizar e resfriar a atmosfera. Neste mês a chuva parou (até mais cedo do que normalmente se espera), mas as massas polares associadas às frentes frias ficaram bloqueadas. Esse bloqueio foi ocasionado pela presença da alta pressão subtropical do Atlântico Sul (ASAS) sobre o país. Os efeitos básicos da atuação prolongada da ASAS é a forte redução da umidade do ar e consequentemente da nebulosidade e da chuva. No entanto, com esse bloqueio, o que temos é um calor absurdo.


Os modelos de clima (tendência para semanas ou meses à frente) utilizados pela Climatempo já indicavam um friozinho para o fim de abril. Já faz alguns dias que os modelos de previsão do tempo (tendência para os próximos dias à frente), ou seja, está indo ao encontro da mesma previsão de clima - que já era de um friozinho no fim de abril no Sul e em parte do Sudeste e do Centro-Oeste.

Os modelos indicam uma queda bem significativa para o fim do mês. As capitais do Sul e do Sudeste, como São Paulo e Curitiba, registraram na primeira quinzena, em média, temperatura máxima de até 7 graus acima do normal. Ou seja, a máxima média em Curitiba está na casa dos 29 graus, enquanto que o normal seriam 22 graus. São Paulo, por sua vez, está com uma média em torno de 31 graus, enquanto o normal seria 25 graus. A temperatura máxima pode cair para valores em torno de 20 graus na última semana do mês em ambas as capitais. Observe pelo mapas abaixo que o friozinho deve chegar também ao Rio de Janeiro, Sul de Minas e Mato Grosso do Sul.


Fonte: Climatempo

2016 caminha para ser o ano mais quente da história

Cada vez mais o aquecimento da Terra tem gerado preocupação aos especialistas e governos. E não é para menos. A Agência Espacial Americana (NASA) confirmou o que a população mundial sentiu na pele: 2015 foi o ano mais quente da história desde quando se iniciou a medição. Em média, a temperatura na superfície terrestre foi 0,13°C maior do que em 2014. Segundo a instituição, os 15 anos mais quentes foram registrados nos últimos 16 anos. Para 2016, a realidade não será diferente. A NASA afirmou que os meses de janeiro e fevereiro deste ano já bateram os recordes do mesmo período de 2015. 

Os dados revelaram que fevereiro deste ano foi o mês mais quente já registrado na história mundial, sendo que o segundo mês mais quente foi seu antecessor (janeiro), enquanto o terceiro mês com temperaturas mais altas na história foi dezembro de 2015. Nunca houve um trimestre tão quente no mundo: entre dezembro e fevereiro, a média da temperatura no planeta ficou 1,2ºC acima da média – no limite exato do aumento ao qual ainda podemos nos submeter nos próximos 84 anos que ainda restam para o final do século.

O fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento anormal das águas do Pacífico, também é em parte responsável por esse resultado, pois tem sido bastante severo. Porém, a principal causa da intensificação do aquecimento global continua sendo a ação do homem, que, ano após ano, tem ampliado a emissão de gases de efeito estufa (GEEs).

O instituto de meteorologia do Reino Unido, Met Office, já afirma que 2016 irá ultrapassar 2015 como ano mais quente, prevendo um aumento de 1,14°C acima da temperatura nos anos iniciais da Revolução Industrial, por volta de 1820. 

Aqui no Brasil o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) afirmou que o El Niño continuará alterando o clima nesse ano. O órgão afirma que as regiões Norte e Nordeste terão redução na quantidade de chuvas, enquanto que o Sul sofrerá com o aumento de precipitação. Com esse somatório de fatores, os fenômenos climáticos extremos – grandes estiagens e enchentes – serão cada vez mais frequentes gerando perdas desde patrimônio e safras agrícolas até vidas humanas. 

Economia é impactada pelas alterações climáticas 

O brasileiro pode até não ter percebido os motivos, mas com certeza já sentiu no bolso o impacto das mudanças do clima. O famoso PF, composto pelo arroz, feijão, bife, batata frita e salada ficou 20% mais caro em 2015, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA15), alta que significa quase o dobro da inflação – 10,74 para os últimos 12 meses. Um dos principais responsáveis é o clima: o Rio Grande do Sul detém 70% da produção nacional de arroz, mas as chuvas torrenciais e fora de época causaram prejuízos e atrasos no plantio. 

Já Minas Gerais sofreu o oposto. Responsável por 30% da produção brasileira de batatas, o estado enfrentou grande seca que impactou gravemente a lavoura. A falta de chuvas também influenciou na plantação de feijão da região mineira. 

Com essa situação adversa, o Brasil deve importar mais arroz, o que deve aumentar ainda mais o preço do alimento. Já o feijão carioquinha – mais consumido pelos brasileiros e que ficou 30% mais caro no ano passado – não tem produção fora do país e, por isso, o Instituto Brasileiro do Feijão prevê desabastecimento já no fim de fevereiro.

Motorola Solutions anuncia novos serviços integrados para atendimento a desastres

A Motorola Solutions apresenta sua plataforma em software e serviços integrados para gestão de equipes de socorro e atendimento para desastres naturais e operações diárias de segurança pública, entre outras funções. 

De acordo com Elton Borgonovo, gerente geral da Motorola Solutions no Brasil, as soluções CommandCentral e WAVE melhoram o gerenciamento de emergências e operações diárias das forças de segurança pública.  
Segundo ele, elas integram informações de diversas fontes e permitem que as agências possam fazer análises preditivas, relatórios e despachos em tempo real. “Esse tipo de informação ajuda os socorristas a tomarem decisões que podem salvar vidas de maneira mais rápida e segura”, comenta.

CommandCentral é um portifólio de aplicações de software que permite a prevenção de incidentes antes mesmo que aconteçam. Ele integra funções de análise de big data, provendo reposta em tempo real e informação detalhada para uma gestão da segurança mais eficaz. Também situações de risco para se antecipar a elas ou minimizar seu impacto. 

O WAVE fornece uma plataforma de interoperabilidade de comunicação para Push-To-Talk (PTT) entre todos os dispositvos. Conecte redes distintas como rádio móvel terrestre, celular, WiFi, telefone e mais com a plataforma WAVE para uma maior interoperabilidade. Quer esteja em um dispositivo smartphone, rádio, computador desktop, telefone fixo ou qualquer outro dispositivo de comunicação, seu pessoal pode se conectar instantaneamente.

Avanço de atividades industriais ameaça metade dos Patrimônios Mundiais Naturais

Em relatório divulgado na última semana (dia 06 de abril), a WWF fez um alerta: quase metade dos lugares declarados como Patrimônios Mundiais Naturais pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) estão ameaçados por atividades industriais. São 114 localidades que, apesar do título que confere proteção especial tanto da ONU quanto dos governos nacionais responsáveis, estão sob ameaça direta ou indireta de atividades industriais.
O relatório “Proteção de pessoas através da natureza: Os patrimônios naturais do mundo como condutores para o desenvolvimento sustentável” (em tradução livre) aponta que práticas invasivas de exploração de combustíveis fósseis, extração ilegal de madeira e mineração, desrespeitam o status de conservação máxima desses santuários e destroem gradativamente esses habitats. De acordo com os dados da ONG, pelo menos 11 milhões de pessoas dependem diretamente desses lugares para sua subsistência e qualidade de vida.
O prefácio escrito pelo Diretor-Geral da WWF Internacional, Marco Lambertini, deixa claro que a intenção do relatório é desmistificar a conservação como algo na contramão do desenvolvimento. Ao contrário, ela deve estimular governantes a assumirem um compromisso real com a causa. Lambertini explica que “a adoção das Metas de Desenvolvimento Sustentável no ano passado demonstra que os governos ao redor do mundo estão reconhecendo que as agendas social, econômica e ambiental não só andam juntas, como são inseparáveis”. O diretor também pontua a importância de proteger áreas naturais e ecossistemas como forma de garantir o desenvolvimento a longo prazo e a qualidade de vida. “Esse relatório mostra que ao conservar grandes áreas de habitat, Patrimônios Naturais Mundiais também ajudam a aumentar a resiliência a desastres naturais, garantem a sobrevivência das comunidades e proporcionam proteção contra os impactos das mudanças climáticas”, conclui.
Existem hoje no mundo 229 lugares reconhecidos pela UNESCO com o título de Patrimônio Mundial Natural, dos quais sete estão no Brasil: o Parque Nacional do Iguaçu, as reservas de Mata Atlântica do Sudeste, as reservas de Mata Atlântica na Costa do Descobrimento (Bahia e Espírito Santo), o Complexo Central de Conservação da Amazônia, a Área de Conservação do Pantanal, as ilhas atlânticas: Fernando de Noronha e Atol das Rocas, e as Áreas de Proteção do Cerrado, que incluem a Chapada dos Veadeiros e osParque Nacional das Emas.

Clima: mais de 120 países já declararam intenção de assinar acordo de Paris


Mais de 120 países já manifestaram a disposição de assinar o acordo da Organização das Nações Unidas de Combate às Alterações Climáticas, afirmou a ministra da Ecologia francesa, Segolene Royal, nessa quarta-feira (6). Para ela, a força do apoio significa que o acordo alcançado em Paris, em dezembro último, pode ser ratificado em Nova York em 22 de abril. 

Quase 200 governos chegaram a um acordo em dezembro, que estabelece a meta de limitar o aquecimento global “bem abaixo” dos 2 graus Celsius (2ºC) em relação aos níveis pré-industriais. 

“Tinha estabelecido o objetivo de 100 assinaturas, mas já estamos acima das 120”, afirmou Royal, durante entrevista em Paris. 

O acordo porém só entra em vigor quando for ratificado por um mínimo de 55 países responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. A Casa Branca garantiu, na semana passada, que os Estados Unidos, como a China, estarão entre os países que vão assinar o acordo em Nova York. 

A União Europeia também já concordou, em março, em assinar, tal como a Índia, acrescentou Royal.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/


Novo site da NASA mostra mudanças climáticas em tempo real


NASA dedicou um novo site ao controle de alterações globais no nível do mar. É repleto de recursos online gratuitos que provavelmente serão úteis para os professores e pesquisadores.
site Sea Level tem seções sobre a história da observação do nível do mar, o alcance do gelo, e outros marcadores climáticos. Você também encontra um mapa grande com camadas que você pode adicionar e animar. Os alunos podem aprender alguma coisa à partir da observação de altura do nível do mar e a temperatura mudando ao longo do tempo. Novos conjuntos de dados serão adicionados posteriormente.
Há também um banco de dados de artigos publicados com informações no site – alguns dos quais são livres para ler. A página de destino também mostra as últimas estatísticas: o nível do mar subindo 3,4 milímetros por ano, por exemplo, ou Greenland encolhendo 287 gigatons por ano.

Ativos financeiros globais podem perder trilhões de dólares em valor se o aquecimento global alcançar 2,5 graus centígrados até 2100

Uma média de US$ 2,5 trilhões, ou 1,8% dos ativos financeiros do mundo estarão sujeitos aos riscos das mudanças climáticas se até 2100 o aumento da temperatura média da superfície global alcançar 2,5° C  acima do nível pré-industrial, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Grantham sobre Mudanças do Climas e do Ambiente na London School of Economics and Political Science and Vivid Economics publicado hoje (4 de abril de 2016) na revista “Nature Climate Change”.


Esse número, no entanto, pode ser maior. Os autores – Simon Dietz, Alex Bowen, Charlie Dixon e Philip Gradwell – descobriram que incertezas na estimativa do ‘Valor em Risco pelo clima” significam que há 1% de chance de que o aquecimento de 2,5° C em 2100 venha a ameaçar US$ 24 trilhões, ou 16,9% dos ativos financeiros globais. Os autores ressaltam que essas somas são maiores do que os US$ 5 trilhões estimados para a capitalização total do mercado de ações das empresas de combustíveis fósseis hoje.

Segundo os autores, limitar o aquecimento a 2° C em 2100 reduziria significativamente o ‘Valor em Risco pelo clima”. Nesse caso, o valor médio dos ativos financeiros globais em risco seria de US$ 1,7 trilhão, com 1% chance de que US$ 13,2 trilhões estejam em risco.
O coordenador desse estudo, o professor Simon Dietz, disse: “Nossos resultados podem surpreender os investidores, mas não será surpresa para muitos economistas que se debruçaram sobre os efeitos das alterações climáticas. Ao longo dos últimos anos, os modelos econômicos  vêm gerando estimativas cada vez mais pessimistas sobre os impactos do aquecimento global sobre o crescimento economico futuro. Mas também descobrimos que cortar os gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a não mais do que 2° C reduz substancialmente o valor em risco pelo clima, nomeadamente o risco da cauda de grandes perdas. ”
Os autores descobriram que mesmo quando se levam em conta os custos da redução nas emissões de gases de estufa para limitar o aquecimento a 2° C, o valor médio dos ativos financeiros globais seria de US$ 315 bilhões, ou 0,2 pontos percentuais maior do que se o aquecimento de 2,5 ° C em 2100 ocorrer por conta do caminho do ‘business as usual’ nas emissões globais.
De acordo com o Professor Dietz, “Mesmo quando levamos em conta o impacto financeiro dos esforços para reduzir as emissões, ainda percebemos que o valor esperado dos ativos financeiros é maior em um mundo que limita o aquecimento a 2° C. Isto significa que os investidores que não se importam com riscos optariam pela redução das emissões e os investidores avessos ao risco estriam ainda mais ansiosos para fazê-lo”.

Ele acrescentou: “Nossa pesquisa ilustra os riscos da mudança climática para os retornos de investimento a longo prazo e mostra por que esta deveria ser uma questão importante para todos os investidores de longo prazo, como fundos de pensão, bem como reguladores financeiros preocupados com o potencial para correções nos preços de ativos devido a uma consciência dos riscos climáticos.”

O Professor Dietz também chamou a atenção para as incertezas na estimativa do valor em risco pelo clima: “Embora sejamos os primeiros a produzir uma estimativa completa do Valor em Risco pelo clima usando um modelo econômico, é importante lembrar que existem enormes incertezas e dificuldades em realizar a modelagem econômica das mudanças climáticas, de modo que esta deve ser vista como a primeira palavra sobre o assunto, não a última.”

Fenômenos climáticos extremos estão se tornando "o novo normal", alerta chefe da ONU

A Organização Meteorológica Mundial destacou que 2016 já quebrou alguns recordes de aquecimento apenas em seus primeiros meses


Em 23 de março, no Dia Mundial da Meteorologia, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou os Estados-membros a respeito dos eventos climáticos extremos que estão se tornando “o novo normal”. Segundo o chefe da ONU, o mundo está correndo contra o tempo para conseguir conter o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C.
Esse objetivo é um dos previstos pelo Acordo de Paris, mas para cumpri-lo os países terão que tomar medidas mais ousadas.
Segundo uma avaliação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicada às vésperas da data global (21), planos nacionais de combate às mudanças climáticas apresentados até o momento talvez não sejam capazes de evitar uma elevação de 3°C da temperatura. A agência chamou atenção para os recordes de calor já observados no princípio de 2016.
Em janeiro e fevereiro desse ano, temperaturas mensais atingiram níveis mais altos principalmente no norte do planeta. A extensão de gelo no oceano ártico foi verificada por satélites como a mais baixa para os dois meses, segundo a NASA. Também em 2016, a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera ultrapassou a barreira simbólica de 400 partes por milhão.
Esses dados iniciais são preocupantes, uma vez que 2015 foi considerado o ano mais quente já registrado, com ondas de calor intensas, secas devastadoras, volumes de chuva excepcionais e atividades incomuns de ciclones tropicais.
Para o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, “o futuro está acontecendo agora”.
“A taxa alarmante de mudanças que estamos testemunhando agora em nosso clima como um resultado de emissões de gases é inédita em registros modernos”, destacou.
Em 2016, o tema da agência da ONU para o Dia Mundial foi “Mais quente, mais seco, mais molhado: enfrente o futuro”.
No ano passado, a temperatura média global do ano passado foi calculada em cerca 0,76°C acima da média para o período entre de 1961 a 1990. Aquecimento foi atribuído ao intenso El Niño e às ações do homem.
“Muitas pessoas acham agora que o problema está resolvido, uma vez que chegamos a um ótimo acordo em Paris… Mas o lado negativo é que nós não mudamos nossos comportamentos”, disse o chefe da OMM.
Para Ban Ki-moon, a “janela de oportunidade” dos países está se fechando para que ações ousadas sejam tomadas.
“Apenas através de respostas decisivas às mudanças climáticas nós poderemos evitar os piores impactos das mudanças climáticas e estabelecer as bases de um mundo de paz, prosperidade e oportunidade para todos”, ressaltou.
De acordo com a OMM, se nenhum limite for imposto aos combustíveis fósseis, a concentração de dióxido de carbono no ar pode chegar a cinco vezes o volume atual, dentro de 500 anos. Essa quantidade de gás carbônico provocaria um aumento de 7°C a 8°C na temperatura do planeta. Para retornar a níveis normais, o mundo levaria 100 mil anos.
Fonte: ONUBr

Muitas cidades não consideram a preservação histórica, quanto ao planejamento para desastres naturais

Uma nova pesquisa da Universidade do Colorado (Denver, EUA) aponta que muitas comunidades desconsideram a presenção histórica quando estão planejando ações frente aos desastres naturais, arriscando-se a perder o patrimônio e setores críticos da economia local em caso de catástrofe.

Blumenau - Enchente de 1983
"Diversos recursos históricos e culturais em todo mundo estão em risco", disse o autor do estudo, Andrew Rumbach, professor assistente de planejamento e projeto da Faculdade de Arquitetura e Planejamento. "E, apesar de sabermos disso, poucos recursos são dedicados a protege-los."

O estudo, com co-autoria de Douglas Appler, da The Helen Edwards Abell Chair in Historic Preservation da Universidade do Kentucky, foi publicado na mais recente edição do Jornal of the American Planning Association.

Os pesquisadores revisaram os planos de preservação e mitigação dos riscos históricos em todos os 50 estados americanos. Eles também estudaram a exposição destes recursos históricos em locais com risco de inundação no Colorado, Kentucky e Floripa. Eles identificaram diversos locais históricos em áreas de risco. Na Floripa, por exemplo, eles descobriram que 23% dos locais históricos estão localizados em planície de inundação de mais de 100 anos. 

No Colorado, as inundações catastróficas de 2013, dizimaram edifícios históricos em toda região de Front Range. Na pequena cidade de Lyon, por exemplo, as enchentes destruíram um abrigo histórico (WPA - Works Progress Administration) e danificou - significativamente - o acervo da biblioteca de Lyons, originalmente construída em 1881.

"Como os custos de eventos climáticos extremos continuam a subir, os preservacionistas históricos e planejadores, estão preocupados pois, a politica de redução de risco de desastre precisa tornar-se mais consciente dos interesses da comunidade, como salvar o patrimônio histórico", afirma o estudo. "Os perigos naturais, como inundações, incêndios e tempestades, representam uma significativa ameaça para os recursos históricos e, provavelmente, os efeitos das mudanças climáticas antropogênicas, tornarão essas ameaças ainda mais graves. 

Na realização da pesquisa, Rumbach descobriu que alguns estados já tinham planos exemplares para salvaguardar recursos históricos em caso de catástrofe. 

A equipe de mitigação de riscos de Dakota do Norte incluiu um representante do patrimônio histórico em sua equipe. O plano de emergência descreve e cataloga ativos e lugares históricos importantes. Ele também identifica potencial financiadores para a documentação e proteção destes locais em caso de desastre natural.

Em Key West, Floripa, a cidade construiu válvulas de controle de maré e demais infraestruturas para controlar a vazão da água em tempestades, para limitar as inundações nas áreas da parte antiga da cidade. 

Apesar disso, Rumbach afirma que a maioria das comunidades não possui um representante para preservação histórica em sua equipe de gestão de desastres. Em sua pesquisa, ele descobriu que apenas 40% das equipes possuía um representante para preservação histórica.

"Muitos planos de mitigação de desastres não mencionam os recursos históricos" - disse Rumbach. Como os locais históricos são pontos de interesse turístico-econômico, essa necessidade precisa ser resolvida.

Economia de lado, muitas comunidades acabam perdendo sua própria identidade, a partir da perda destes locais históricos, como ocorreu no caso do furacão Katrina em Nova Orleans e da Costa do Golfo, que arrasou milhares destes recursos.

 "No âmbito nacional, está havendo uma tratativa de expansão dessa compreensão da necessidade de preservação dos locais históricos e da importância dos mesmos estarem inseridos nos planejamento para desastres", disse Rumbach. "Esta pesquisa irá ajudar a trazer uma melhor compreensão do que deve ser feito para proteger os recursos históricos durante o planejamento de desastres e o processo de recuperação.


Fonte: http://www.news-medical.net/