Catástrofe: Irma é o furacão mais poderoso já registrado no Oceano Atlântico

O furacão Irma é o mais poderoso já registrado no Oceano Atlântico, segundo o Centro Nacional de Furacões (CNH, na sigla original) dos EUA. O fenômeno de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpsons, tem ventos de até 297 quilômetros por hora e se aproxima das Ilhas Leeward, no Nordeste do Caribe. Especialistas dizem que a força do Irma é resultado de uma água excepcionalmente quente para aquela parte do Atlântico.



Autoridades nas ilhas ao sul da Flórida estão se preparando para retirar turistas e moradores do possível caminho do furacão Irma. A porta-voz do condado de Monroe, Cammy Clark, disse em um boletim que um mandato de esvaziamento para turistas começa ao amanhecer de quarta-feira. Um plano de evacuação para residentes também está em andamento, mas uma data ainda não foi determinada. Clark ainda afirmou que edifícios governamentais, parques e escolas fecharão e não haverão abrigos no condado. 

Os hospitais locais também estão começando os planos de evacuação.Quatro outras tempestades tiveram ventos fortes na região global do Atlântico, mas foram no Mar do Caribe ou no Golfo do México, onde as águas geralmente mais quentes geram ciclones tropicais. O furacão Allen atingiu 305 quilômetros por hora em 1980, enquanto o Wilma de 2005, o Gilbert de 1988 e a grande tempestade da Florida Key de 1935 tiveram ventos de 297 quilômetros por hora.

O Irma provocou alertas de inundação à medida que se aproxima do Caribe. O governador da Flórida,Rick Scott, declarou estado de emergência em todos os condados do estado. Já o governador de Porto Rico, Ricardo Rossello, anunciou a abertura de centros de acolhimento com camas para até 62 mil pessoas.

Em seu trajeto estimado, Irma chegará à ilha de Guadalupe no fim desta terça-feira e depois continuará seu cainho até o Haiti e a Flórida. Os arquipélagos situados em sua trajetória se preparavam para lidar com fortes ventos, chuvas e inundações potencialmente letais. As autoridades emitiram alertas e advertências em alguns setores das Ilhas de Sotavento, Ilhas Virgens Britânicas e americanas e Porto Rico.

O NHC acrescentou que o fenômeno provocará um aumento de até três metros no nível normal do mar e chuvas de até 25 centímetros, além de ondas grandes e destrutivas. A população das Antilhas Menores se preparava na segunda-feira para enfrentar o furacão, e longas filas se formavam nos postos de gasolina, em meio ao cancelamento de voos e à anulação das aulas. No início da noite, o olho de Irma estava 725 quilômetros a leste da região, com ventos firmes de 220 quilômetros por hora, e o furacão se deslocava para oeste a 20 quilômetros por hora.







Chuvas catastróficas matam mais de 1200 na Índia, Bangladesh e Nepal

Mais de 1200 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas de monções que castigam a Índia, Nepal e Bangladesh.



Estima-se que 400 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelas inundações e deslizamentos de terra resultantes do fenômeno, que costuma durar de junho a setembro.

Metade das vítimas são da Índia, onde centenas de vilarejos foram arrasados pelas enchentes. 

Equipes de resgate nacionais e internacionais se empenham para auxiliar os sobreviventes.

A alta dos níveis dos rios afetou várias infraestruturas importantes, como estradas, rede elétrica e serviços de abastecimento de água, e isolou muitas áreas, dificultando a chegada de alimentos, remédios e socorro.

Segundo as Nações Unidas, as chuvas de monções deste ano são as piores em uma década no Sul da Ásia.

Nesta terça-feira, Mumbai, capital financeira da Índia, simplesmente parou. Em menos de 12 horas, choveu o o equivalente a 11 dias de precipitações consecutivas.

País baixo e densamente povoado, Bangladesh sofre cronicamente com inundações. Mas as chuvas deste ano deixaram mais de um terço de seu território submerso, segundo o The New York Times.

No Nepal, pelo menos um milhão de casas foram destruídas pelas enxurradas, que afetaram estradas, pontes e invadiram escolas e hospitais.

A catástrofe no Sul da Ásia se desenrola ao mesmo tempo em que os Estados Unidos enfrentam uma das piores enchentes em mais de 50 anos, que castigam principalmente o estado do Texas.

Segundo os cientistas, eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes, como furacões e enchentes históricas, são sintomas das mudanças climáticas em um mundo em aquecimento.


Piores efeitos do furacão Harvey ainda estão por vir, alertam autoridades

Especialistas preveem mais inundações no Texas e recorde de chuvas nos próximos dias. Número de mortos em consequência do fenômeno tropical deve subir. Governador amplia estado de desastre a 54 condados.


O furacão Harvey ganhou leve força nesta segunda-feira (29/08) ao retornar para a área mais quente do Golfo do México, de acordo com o Centro Nacional de Furações dos EUA. Os meteorologistas esperam que o furacão permaneça sobre a água com ventos de aproximadamente 72 quilômetros por hora durante 36 horas e, depois, retorne ao continente a leste de Houston em alguém momento desta quarta-feira. Em seguida, o fenômeno seguirá para o norte e perderá força.
Entretanto, antes que o furacão deixe o litoral do estado do Texas, mais de 50 centímetros de chuva podem cair na região, alertou o diretor do Serviço Nacional de Meteorologia, Louis Uccellini. Isso significa que as inundações vão piorar nos próximos dias e que as águas devem demorar a baixar mesmo depois que o Harvey finalmente deixe a região.

O furacão Harvey tem causado inundações sem precedentes, afetando sobretudo a área metropolitana de Houston, onde residem 2,3 milhões de pessoas e a água já atingiu mais de um metro de altura.



Harvey é o furacão mais intenso a atingir os Estados Unidos em 13 anos e o mais forte a atingir o Texas desde o furacão Carla, em 1961 – o mais poderoso já registrado no estado texano. Ao tocar a terra no último fim de semana, o Harvey perdeu força e se transformou em tempestade tropical.
No estado vizinho de Louisiana, as imagens de devastação em Houston trouxeram à tona memórias dolorosas para muitos sobreviventes do furacão Katrina, de 2005. 
"Realmente provocou muitas emoções e sentimentos pelo que as pessoas estão tendo que passar agora em Houston", disse o morador Ray Gratia, enquanto pegava alguns sacos de areia para proteger sua casa em Nova Orleans, que inundou durante o Katrina.
Inundação em Houston após tempestade tropical Harvey
Águas já atingiram um metro de altura em Houston
Em Washington, o governo do presidente Donald Trump assegurou ao Congresso que o saldo de 3 bilhões de dólares no fundo para desastres da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema) é suficiente para lidar com as necessidades imediatas, como remoção de detritos e abrigo temporário para residentes deslocados.
Ainda na segunda-feira, a Casa Branca comunicou que o presidente e a primeira-dama, Melania Trump, visitarão as cidades texanas de Corpus Christi e Austin nesta terça-feira. Eles receberão resumos de líderes e organizações locais sobre os esforços de ajuda e resgate.
Milhares de resgates e chamados
O prefeito de Houston, Sylvester Turner, afirmou que o total de pessoas resgatadas já passa de 3 mil. Em entrevista coletiva, Turner indicou estarem pendentes pelo menos 150 pedidos de resgate urgentes. Mais de oito mil pessoas foram alocadas a abrigos temporários.
 A Guarda Costeira dos Estados Unidos disse receber mais de mil telefonemas por hora. Autoridades americanas informaram que em Houston mais de 100 mil residentes continuam sem energia elétrica, dada a dificuldade de acesso às zonas mais afetadas por causa das inundações.
Socorristas resgatam moradora de Houston após tempestade tropical Harvey
Mais de oito mil pessoas já foram levadas para abrigos, mas ainda há cerca de 150 pedidos urgentes de resgate pendetes
O governador do Texas, Greg Abbott, estendeu a declaração de estado de desastre a 54 de condados, adicionando mais quatro (Angelina, Trinity, Sabine e Orange), medida que facilita ao estado texano a gestão dos recursos essenciais para busca, salvamento e assistência.
O Harvey tocou terra na noite de sexta-feira na localidade costeira de Rockport, situada a cerca de 360 quilômetros a sudoeste de Houston, como um furacão de categoria 4 na escala de intensidade de Saffir-Simpson, que tem um máximo de 5. 
Apenas três mortes foram confirmas, mas há relatos não confirmados de apessoas desaparecidas e de prováveis mortes ligadas ao furacão Harvey – como, por exemplo, uma van com seis pessoas que literalmente naufragou ao tentar escapar das inundações, segundo um parente. Citando autoridades locais, o jornal The New York Times fala em dez mortos.
"Sabemos que neste tipo de acontecimento, infelizmente, o número de mortos costuma subir", disse o chefe da polícia de Houston, Art Acevedo. "Estou realmente preocupado com quanto corpos iremos encontrar."


Furacão Harvey se aproxima dos Estados Unidos e causará catástrofe

Furacão Harvey ganha força e pode se tornar tempestade mais forte em 12 anos nos EUA


Como um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, o Harvey pode carregar ventos de 178 km/h a 208 km/h, que podem arrancar árvores, destruir telhados de casas e interromper serviços públicos por dias. Se o furacão mantiver sua intensidade, será o primeiro grande furacão a atingir território dos EUA desde que o furacão Wilma atingiu a Flórida em 2005.



Meteorologistas do Centro Nacional de Furacões (NHC) alertaram hoje (25) sobre possíveis “inundações catastróficas” que o furacão Harvey pode causar ao chagar à costa central do Texas no final da noite de sexta ou na madrugada de sábado.

De acordo com um boletim emitido pelo NHC às 2:00 p.m de sexta, Harvey agora passou para a categoria 3 na escala dos furacões, com ventos de até 120 mph. A tempestade se aproxima da cidade de Corpus Christi, onde vivem 350 mil pessoas.

Os meteorologistas prevêem inundações “devastadoras” causadas pela chuva e pela maré trazida pelo furacão. Harvey pode trazer entre 15 e 25 polegadas de chuva para a região. Outro perigo é a elevação do nível do mar na costa, que pode chegar a quatro metros acima do normal nas áreas mais próximas ao olho de Harvey.

Segundo projeções para sua trajetória, Harvey permanecerá na região por algum tempo, já que nenhum modelo é definitivo no que diz respeito à direção que ele vai tomar depois que tocar terra. Os modelos indicam que a tempestade irá “serpentear” pelo interior do estado durante o fim de semana, o que pode piorar as inundações.

Alertas de furacão estão em vigor numa área que afeta cerca de 1,4 milhões de pessoas. Outras 12 milhões estão sob alerta de tempestade tropical, incluindo as cidades de San Antonio e Houston.

Harvey é a pior tempestade a assolar os Estados Unidos em 12 anos, desde 2005, quando o furacão Wilma cruzou o estado da Flórida.

Enchentes no Peru afetam 630 mil pessoas


Piora a situação das populações peruanas atingidas pelas enchentes provocadas pelo fenômeno atmosférico “El niño”. As áreas costeiras  situadas no norte do país são as mais afetadas.
Segundo a Agência Sir, o balanço oficial subiu para 75 mortos, mais de 630 mil pessoas foram afetadas e 70 mil estão desabrigadas por causa das chuvas acima do normal.
Num tuíte, o presidente do Peru, Pedro Paolo Kuczynski, agradeceu ao Papa Francisco, em nome de todo o povo peruano, “pelas orações e encorajamento”, expressos durante o Angelus do último domingo (19/03).

Em todas as igrejas peruanas se realizaram, neste domingo, um dia de oração, promovido pela Igreja no Peru, e uma coleta nacional. A Arquidiocese de Lima decidiu cancelar a Marcha anual pela vida a fim de concentrar os esforços dos voluntários no socorro às populações, vítimas das enchentes.

O Arcebispo de Lima, Cardeal Luis Cipriani Thorne, disse: “Este é o momento em que devemos permanecer unidos e trabalhar para que o verdadeiro amor pelo próximo desperte o nosso coração.”


Ciclone “Enawo”, com ventos próximos de 300 km/h, obriga evacuação em massa em Madagascar

O governo de Madagascar emitiu “alerta máximo” para a chegada do ciclone tropical “Enawo” ao norte do país nas próximas 24 horas.
Durante esta segunda-feira (06), o sistema evoluiu rapidamente de uma simples tempestade tropical, com ventos de no máximo 64 km/h, para um ciclone de categoria três na Escala Saffir-Simpson, com ventos entre 178-210 km/h, ondas entre 2,60-3,80 metros e pressão atmosférica mínima entre 945-964 hPa.

No início da noite, satélites do National Hurricane Center (NHC) estimaram ventos de até 168 km/h e rajadas de até 200 km/h sobre o Oceano Índico.
O alerta compreende todo o país, uma vez que simulações numéricas indicam que o ciclone deve atravessar a ilha de norte a sul ao longo desta terça (07) e quarta-feira (08) e não indo em direção à Moçambique, como a maioria dos ciclones tropicais fazem.
O órgão estima que “Enawo” faça landfall (toque o solo) como um poderoso ciclone de categoria quatro, com ventos entre 211-249 km/h, ondas entre 3,90-5,50 metros e pressão mínima entre 920-944 hPa.
As rajadas previstas são de 280 km/h sobre a região de Antalaha, no litoral norte do país e que pode ser severamente impactada por chuvas torrenciais de até 300 milímetros e ventos próximos de 300 km/h.
Mais de 25 mil moradores foram evacuados de regiões por onde o “olho” do ciclone deve passar, mas muitas pessoas residentes em povoados mais distantes, não seguiram os alertas das autoridades.

(Crédito das imagens: Reprodução/Google – Reprodução/NHC/NOAA)