A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que metade da
população masculina do planeta terá algum grau de calvície até os 50 anos. O
problema não é uma preocupação exclusiva dos homens. Estudos da Academia
Americana de Dermatologia mostram que, de um total de 2 bilhões de pessoas no
mundo que enfrentam os efeitos da calvície, mais de 100 milhões são mulheres.
No Brasil, ela atinge cerca de 40% da população feminina.
Para tratar os vários tipos de calvície, a inovação é o Microtransplante
Capilar, realizado pela primeira vez em Blumenau no Hospital Santa Isabel pelo
cirurgião plástico Leonardo Aguiar, que fez especialização em cirurgia plástica
com o professor Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro (RJ).
A técnica consiste na retirada de um filete de cabelo da nuca.
Este filete é dividido em unidades foliculares. Cada unidade pode conter um ou
mais folículos de cabelo, composto pelo fio de cabelo, glândulas sebáceas e
bulbo. Após a divisão, as unidades são implantadas na região calva da cabeça.
Na parte em que houve a retirada do filete de cabelo, é feita uma sutura
tricofítica que permite o crescimento do cabelo normalmente através da
cicatriz.
O procedimento feito no Santa Isabel é
conhecido como Megassessão de Microtransplante Capilar, pois foram implantados
mais de cinco mil fios de cabelo de uma só vez em um paciente do sexo
masculino.
A pessoa que deseja se submeter ao transplante capilar deve
primeiro consultar um médico especialista para, primeiro, diagnosticar a causa
da perda de cabelo e tratá-la de forma a evitar que continue. “O diagnóstico costuma ser rápido.
O tratamento é medicamentoso e deve ser avaliado antes da cirurgia. Depois é feito o transplante”, explica o cirurgião
Leonardo Aguiar. Qualquer pessoa pode se submeter ao procedimento, inclusive
vítimas de acidentes e com sequelas de queimaduras que perderam cabelos ou
sobrancelhas. “O transplante capilar é realizado em pacientes que estejam com a
perda de cabelos controlada e possuam área doadora com densidade de cabelos
suficiente para transplantar e obter o resultado desejado".
A cirurgia tem a duração de até sete horas. O tempo máximo de
internação hospitalar é de 24 horas. A recuperação é rápida. Em até cinco dias
o paciente volta a trabalhar, por exemplo. O cuidado maior é em não machucar a
área doadora e a área receptora da cabeça.
Após uma semana, o fio de cabelo implantado cai, mas o bulbo
permanece. Depois de três meses o cabelo volta a nascer. Em um ano, o resultado
final torna-se perceptível. A média é de que entre 90% e 100% dos fios
transplantados nasçam e renasçam, seguindo o ciclo normal. O cabelo mantém
aspecto totalmente natural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário