Gestantes são as que menos procuram a imunização contra a gripe. Em Bauru, nem a metade das futuras mamães foi vacinada
O baixo número de grávidas vacinadas não engloba Karoline dos Santos, 27 anos, e seu barrigão de oito meses. Ela recebeu a dose da vacina contra a gripe logo no início da campanha, mês passado.
Karoline já tem uma filha de 3 anos, a pequena Ana Luize. A gestação de Ana foi complicada em relação à gripe. “Na época não tinha a vacina para a gente, era só para idoso. Eu sofri com uma gripe que acabei contraindo e não podia tomar remédio”, lembrou.
A disponibilização de vacina contra a gripe este ano também para gestantes foi por conta do alto índice de mortes pela Gripe H1N1 (Suína) em 2010.
Uma das justificativas para que as grávidas temam a vacina é a reação. “Eu tomei a vacina há um mês e não tive nenhum tipo de reação”, já desmistifica Karoline.
ORIENTAÇÃO :
A médica ginecologista e obstetra Marli Faria destaca a importância da vacinação para as gestantes. “É importante se vacinar porque a dose é para vários tipos de gripe”, avisa. A médica conta que o medo da vacina existe por conta de um tabu difícil de ser quebrado na sociedade.
“Há um tabu que diz que, com a vacina, a pessoa pega a gripe. E as grávidas têm muito medo”, contou a doutora.
A ginecologista ilustrou o medo da vacina com um episódio em sua vida. “Eu ganhei duas vacinas, mas já tinha tomado. Apliquei no meu marido e ofereci para a minha vizinha, que está sempre com gripe. Ela não quis tomar, por medo.”
Segundo a médica, são poucos os que têm reações por conta da vacina.
Marli ressaltou que as gestantes podem receber medicamentos contra a gripe durante a gravidez, mas sempre com orientação médica. “A gente pede para que não se mediquem sozinhas, pois podem prejudicar o bebê.”
A médica pontuou os motivos que fazem as futuras mamães fugirem. “Primeiro é o medo; depois, a preguiça; depois, a falta de tempo; e, por último, a falta de consciência.”
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