Os remédios com preço controlado pelo governo devem aumentar de 3,54% a 6,01% a partir de amanhã. As regras valem para cerca de 20 mil medicamentos como antibióticos e remédios de uso contínuo. A resolução publicada no “Diário Oficial da União (DOU)” não define os porcentuais do reajuste para cada medicamento, mas destaca que os novos valores terão de ser mantidos até março de 2012. Os reajustes foram calculados a partir de resolução publicada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e foram projetados de acordo com fatores como o IPCA do ano calculado pelo IBGE e produtividade das indústrias farmacêuticas.
Quem depende de medicamentos terá que arcar com os aumentos. É o caso da aposentada Terezinha Ramos de Almeida, de 61 anos, que gasta cerca de R$ 300 mensais com oito medicamentos para ansiedade, coração, coluna, estômago e pressão sanguínea. “Eu acho um aumento abusivo. Como não posso ficar sem os remédios vou ter que economizar em outras despesas”, afirmou. Considerando a taxa variável de aumento, a despesa da aposentada a partir de amanhã poderá chegar a R$ 318. Em um ano, ela deve gastar R$ 216 a mais.
O aposentado Sebastião Efigênio Silva, de 72 anos, toma 15 comprimidos por dia para diabetes, coração, dilatação das veias e cartilagem. O custo médio é de R$ 500, mas subsidiado por programas do governo o gasto mensal cai para R$ 150. Com o reajuste, o valor pago deve aumentar R$ 9. Em 12 meses, um gasto de R$ 108 a mais. “É um absurdo esse aumento. Não posso parar de tomar [os medicamentos] e vou ter que dar um jeito de pagar a conta, pois a aposentadoria é pouca”, afirmou.
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