São cada vez mais raros os sortudos que dispõem de uma silenciosa noite de sono. Nas cidades, o som vem de fora, da avenida movimentada ou do bar com música ao vivo, e de dentro do quarto, no ruído do ar-condicionado ou do marido que ronca. Estudos mostram que o barulho noturno não é só irritante: ele pode ser verdadeiramente prejudicial
MALEFÍCIOS À SAÚDE
À noite, o barulho começa a prejudicar o sono a partir de 30 decibéis. "Quando o som ultrapassa os 65 decibéis, perdem-se 40% do tempo do sono profundo, responsável pela recuperação física, mental e psicológica do indivíduo", explica o neurofisiologista Fernando de Souza. Isso afeta a aprendizagem, já que não há consolidação adequada da memória ao longo da noite, e aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como derrame, infarto e hipertensão, pois o sono fragmentado eleva a pressão arterial
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
"A longo prazo, a irritação e a agressividade provocadas por uma questão ambiental podem ser confundidas com traços da personalidade", diz Souza
NÍVEIS DE RUÍDO
A voz humana gira em torno de 55 decibéis; o trânsito em uma avenida com movimento médio produz cerca de 65 decibéis; a música alta que sai do bar sem isolamento acústico alcança 70 decibéis a uma distância de 100 metros do local de origem, tanto quanto alguns aparelhos de ar-condicionado. Mas o maior inimigo pode estar na própria cama: o ronco é capaz de ultrapassar a marca dos 80 decibéis.
fonte: Planeta Sustantável
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