Governo admitiu possibilidade de vazamento na usina nuclear de Fukushima, depois de funcionários reportarem um aumento da pressão em um dos reatores após o terremoto
Um novo terremoto também de 6,6 graus de magnitude atingiu a região montanhosa da prefeitura de Niigata, no noroeste do Japão, por volta das 4h locais deste sábado (16h de Brasília desta sexta-feira). A agência de notícias Kyodo informou, por sua vez, que não havia um novo alerta de tsunami depois desta réplica do devastador terremoto
O ministro do Comércio e da Indústria japonês, Banri Kaieda, admitiu nesta sexta-feira um vazamento na usina nuclear de Fukushima, depois de funcionários reportarem um aumento da pressão em um dos reatores após o terremoto. Os níveis de radiação em torno do complexo aumentaram oito vezes nas últimas horas em um ponto de checagem do lado de fora do usina e estão mil vezes maiores do que o normal na sala de controle do reator, segundo a agência Kyodo.
De acordo com Agência Nuclear Japonesa, o risco de um acidente está maior porque a radiação pode se espalhar facilmente pelo complexo. O sistema de refrigeração do reator parou de funcionar após o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão nesta madrugada, devido a uma queda de energia. Ao menos 3 mil pessoas foram retiradas da usina, que fica a 240 km de Tóquio.
O governo e a Tepco, empresa que administra a usina, haviam decidido liberar um pouco de gás radioativo no ambiente para reduzir a pressão no reator. Segundo o ministério da Indústria japonês, não haveria risco para a população e o meio ambiente.
O país declarou emergência nuclear. Trata-se de um procedimento de segurança internacional para minimizar os danos que o terremoto pode ter causado às instalações nucleares, garantindo que não haja vazamentos, como ocorreu em 2007, em Kashiwazaki-Kariwa, quando 1 mil litros de água contaminada atingiram o mar.
O governo japonês informou ainda que milhares de moradores foram retirados da região depois que o sistema de resfriamento falhou após o forte terremoto de 8,9 graus de magnitude, o maior da história do Japão. Inicialmente, o raio era de três quilômetros da usina. Mais tarde, passou para dez.
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Tsunami - Após o tremor, a primeira preocupação do governo foi com as consequências do tsunami provocado pelo terremoto e que cobriu parte da costa nordeste do território japonês. A região mais castigada é próxima da cidade de Sendai, capital da província de Miyagi. Um balanço da polícia já fala em pelo menos 337 mortos e 707 desaparecidos. Mas, segundo a agência de notícias Kyodo, o número de mortos pode chegar 1.000, já que há relatos de que pessoas estão desaparecidas sob escombros de prédios e casas. O governo ainda não confirma os números.
Outros dois tremores de menor intensidade (6,6 graus) se sucederam ao primeiro. Mais tarde, um novo terremoto também de 6,6 graus de magnitude atingiu a região montanhosa da prefeitura de Niigata, no noroeste do Japão, por volta das 4h locais deste sábado (16h de Brasília desta sexta-feira). A agência de notícias Kyodo informou, por sua vez, que não havia um novo alerta de tsunami depois desta réplica do devastador terremoto.
O tsunami que sucedeu o primeiro tremor provocou ondas de até dez metros, atingindo cidades costeiras. A maior parte dos Estados do Pacífico, da Oceania à América Latina, também emitiram alertas de tsunami, mas nenhuma dano significativo foi observado até o momento fora do arquipélago nipônico.
O terremoto abalou também a aviação mundial, com voos que sairiam ou chegariam ao Japão sendo cancelados. Mais de 20.000 pessoas ficaram presas só nos dois principais aeroportos de Tóquio. O caos se repetiu nos terminais de outras cidades.
Tragédias - Situado no chamado "Anel de Fogo do Pacífico", o Japão sofre frequentes terremotos. Apesar dessa rotina de tremores, é raro que um terremoto provoque vítimas - as rígidas normas de construção vigentes no país garantem que as casas e prédios tenham o maior grau de segurança possível para aguentar aos tremores. A violência do terremoto desta sexta, porém, atingiu um nível tão grande que mesmo as precauções tomadas pelos japoneses não foram capazes de impedir uma tragédia.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, qualificou de "grandes" os danos causados pelo terremoto. Ele não quis revelar as estimativas sobre número de vítimas. Kan pediu calma à população para fazer frente às consequências do forte tremor. Diversos países já manifestaram solidariedade aos japoneses - os americanos, que mantêm relação muito próxima com o governo de Tóquio, já ofereceram ajuda ao país. A Grã-Bretanha e a Itália também se prontificaram a enviar remessas de ajuda humanitária a Tóquio. O Google disponibilizou um serviço (em inglês e japonês) de localização de pessoas que desapareceram após o terremoto.
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