O que a saúde no Brasil tem a comemorar no Dia Mundial da Saúde?

Na teoria, o Sistema Único de Saúde (SUS) - criado após a extinção do INPS - deveria ser um dos melhores Sistemas de Saúde Pública do mundo. Mera teoria. 

O que vivenciamos no cotidiano e reavaliando todos os processos, percebemos que o sistema que deveria atender a população - do atendimento básico ao complexo - não consegue fazer nem o mínimo.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde é o maior "ralo" de desperdício público do Governo Federal. Pior: é aonde certos "aspones" roubam muito mais do que imaginamos.

Há tantos erros no SUS - da gestão às ESFs - que, faz-se necessário, um choque competente de gestão, em todas as esferas.

SUS, hoje em dia, é sinônimo, de "ambulancioterapia", "empurroterapia", filas em todos os serviços (do mais básico ao mais complexo), péssimo atendimento ao usuário, má remuneração de todos os agentes públicos e sem falar na dificuldade de adquirir medicamentos essenciais a vida.

O recém implantado Programa "Farmácia Popular" é um mero "tapa-buracos". Não resolve nada. Por que não? Simples. A lista de medicamentos que o governo entra com co-participação são ultrapassados, baratos por natureza e que não atende as reais necessidades dos pacientes. Mera politicagem populista. Nem minimiza os problemas do SUS.

Hoje em dia, o SUS, se resume aos tópicos abaixo:


• completa irracionalidade e desintegração das unidades de saúde, com sobre-oferta de  
serviços em alguns lugares e ausência em outros; 

• excessiva centralização implicando por vezes em impropriedade das decisões pela distância 
de Brasília dos locais onde ocorrem os problemas; 

• recursos financeiros insuficientes em relação às necessidades de atendimento e em 
comparação com outros países; 

• desperdício dos recursos alocados para a saúde, estimado nacionalmente em, pelo menos 
30%,  produzido por incompetência gerencial; 

• baixa cobertura assistencial da população, com segmentos populacionais excluídos do 
atendimento, especialmente os mais pobres e nas regiões mais carentes; 

• falta de definição clara das competências dos vários órgãos e instâncias político-administrativas do sistema, acarretando fragmentação do processo decisório e  descompromisso com as ações e falta de responsabilidade com os resultados; 

• desempenho desordenado dos órgãos públicos e privados conveniados e contratados, 
acarretando conflito entre os setores público e privado, superposição de ações, desperdícios 
de recursos e mau atendimento à população; 

• insatisfação dos profissionais da área da saúde que vêm sofrendo as conseqüências da 
ausência de uma política de recursos humanos justa e coerente; 

• insatisfação da população com os profissionais da saúde pela aparente irresponsabilidade 
para com os doentes, greves freqüentes, freqüentes erros médicos e corporativismo se 
sobrepondo à saúde do povo; 

• baixa qualidade dos serviços oferecidos em termos de equipamentos e serviços profissionais; 

• ausência de critérios e de transparência dos gastos públicos, bem como de participação  da 
população na formulação e gestão das políticas de saúde; 

• falta de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação dos serviços; 

• imensa preocupação e insatisfação da população com o atendimento à sua saúde.


Resumindo, espero que todos nós repensemos em QUEM escolhemos para governar nosso País e todos os demais representantes públicos, de todas as esferas, pois o problema principal do SUS é a "pecinha" por trás no próprio sistema: ou seja, político.

Assista como é o SUS Britânico. Compare, reflita.



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