Estrogênio melhora o desempenho mental

 
Estudos afirmam que o hormônio estrogênio pode aguçar o desempenho mental. Agora, os cientistas pensam que descobriram por que. O estrogênio pode aumentar o número de conexões entre as células cerebrais, melhorando a comunicação no cérebro.

Trabalhos anteriores mostraram que o estrogênio podia melhorar a memória e aumentar a precisão em testes, tanto em pessoas quanto em animais. No novo estudo, os pesquisadores trataram células cerebrais de ratos em um prato com um composto semelhante ao estrogênio.

O composto ativou os receptores de estrogênio das células, desencadeando uma série de reações químicas no interior delas, o que, por sua vez, causou um aumento no número de espinhas dendríticas (saliências semelhantes a pêlos na superfície das células que lhes permitem se comunicar).

Segundo os pesquisadores, essa ativação do receptor de estrogênio pode potencialmente aumentar a quantidade de informação que vai de uma célula para outra. Eles disseram que imitar os efeitos do estrogênio no cérebro poderia levar a tratamentos para condições como mal de Alzheimer e esquizofrenia.

Os pesquisadores têm motivos para crer que aumentar o número de espinhas dendríticas nesses pacientes pode ser benéfico. Pessoas com essas duas condições muitas vezes têm um número reduzido dessas estruturas em seus cérebros.

No entanto, o uso a longo prazo do estrogênio como terapia tem se mostrado problemático. Em 2002, um estudo descobriu que mulheres que tomaram estrogênio para aliviar sintomas da menopausa tinham um risco aumentado de câncer de mama, derrame e ataque cardíaco.

Por causa destes riscos, os pesquisadores têm procurado uma maneira de ativar os receptores de estrógeno sem o uso de estrogênio em si. Isso permitiria que os pacientes obtivessem os benefícios do estrogênio sem os efeitos colaterais. O composto do estudo é uma maneira de imitar os efeitos do estrogênio, mas os pesquisadores ainda não têm certeza se ele também não causaria nenhum efeito colateral.

Além disso, já que a pesquisa foi feita com ratos, são necessários mais estudos para determinar se o mesmo efeito – o aumento de comunicação entre as células – ocorreria no cérebro das pessoas. 
 
Fonte: LiveScience