Setembro mais quente bate recorde

Em relatório sobre o mês de setembro, o National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) apontou que o mês de setembro quebrou alguns recordes de temperatura global.

Os registros de temperatura começaram em 1880, e nestes 133 anos tem sido registradas temperaturas tanto de regiões oceânicas quanto de terra firme.
A temperatura média combinada de terra e oceano empatou com 2005 como o mês de setembro mais quente no registro, a 0,67 °C acima da temperatura média do século 20, que é de 15 °C.

A temperatura média global da superfície de terra firme foi a terceira mais quente para os meses de setembro registrados, com temperatura 1,02 °C acima da média.

A temperatura média global da superfície oceânica empatou com 1997 como o segundo mais quente mês de setembro registrado, com temperatura 0,54 °C acima da média.

A temperatura global combinada de terra e oceano para o período de janeiro a setembro de 2012 foi o oitavo período mais quente no registro, com temperatura 0,57 °C acima da média do século 20.

Segundo o climatologista Andrew Weaver, da Universidade de Victoria (Canadá), isso aconteceu em setembro provavelmente como resultado do aumento do verão do hemisfério norte, resultado do aquecimento global antropogênico, e da perda de gelo ártico que indiretamente ajudaria a esfriar outras partes do planeta.

Este também é a 16ª vez que a temperatura empata ou estabelece um novo recorde de temperatura desde 2000. A última vez que houve um recorde global de baixa temperatura foi em dezembro de 1916, praticamente 96 anos atrás.

O chefe de monitoramento climático do NOAA, Deke Arndt, apontou que o calor foi maior na América do Sul, Japão, Rússia, Canadá e Oceano Atlântico.

Os dois cientistas apontam dois fatores contribuiram para estas temperaturas altas, um deles é o fim da oscilação do La Niña, que tende a resfriar as temperaturas, e o outro o derretimento do gelo do Ártico, que alterou o clima em todo o hemisfério norte.

Ainda segundo o NOAA, todos os 10 anos mais quentes já registrados aconteceram após 1997, o que comprova que o aquecimento global não parou, como alegam alguns.


Fonte: PhysOrg, NOAA


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