da BBC Brasil
Um bebê britânico sobreviveu após ter sido submetido a 11 transfusões de sangue ainda no útero da mãe e outras duas após seu nascimento prematuro.
Jasmine Tammer, que hoje tem 1 ano e três meses, foi afetada pela chamada doença hemolítica perinatal (ou eritroblastose fetal), na qual anticorpos da mãe destroem as células sanguíneas do bebê, podendo levá-lo à anemia e até à morte por insuficiência cardíaca.
Sua mãe, a enfermeira Melanie Tanner, da cidade de Warsash, foi detectada com a incompatibilidade sanguínea com o feto ainda às nove semanas de gestação.
Durante 16 semanas, ela teve de se submeter quinzenalmente a um procedimento para que fosse injetado sangue no cordão umbilical, o que trazia um risco de aborto espontâneo.
O parto de Jasmine foi realizado às 34 semanas --seis antes do previsto para uma gestação normal.
A menina foi imediatamente transferida para uma incubadora e ainda submetida a outras duas transfusões.
Hoje, segundo a família, o único sinal do sofrimento pelo qual Jasmine passou são algumas pequenas cicatrizes deixadas em sua barriga pelas injeções.
Erro
A doença hemolítica ocorre quando o sangue da mãe tem o Rh negativo e o bebê tem o Rh positivo, mas geralmente não afeta a primeira gravidez.
O risco passa a ser maior a partir do segundo filho, caso a mãe tenha sido exposta ao sangue Rh positivo do primeiro.
Para evitar o problema, a mulher recebe uma série de injeções durante a gravidez.
Melanie Tanner acredita que o problema com Jasmine tenha sido consequência de um erro durante sua gestação anterior, no qual uma das injeções foi esquecida. Isso fez com que seu segundo filho, Owen, nascesse anêmico e necessitasse de uma transfusão de sangue imediatamente.
Jasmine é a terceira filha de Melanie e foi afetada de maneira ainda mais grave que o irmão.
O primeiro filho nasceu sem problemas.
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