da France Presse, em Washington
Um novo estudo clínico sobre o polêmico Zetia, um medicamento contra o colesterol desenvolvido pelo laboratório Merck, levantou novas dúvidas sobre sua eficiência.
Segundo o estudo, apresentado no domingo (15), uma combinação de estatinas (remédios tradicionais contra o colesterol, como o Lipitor ou Crestor) com niacina (vitamina B3) é mais eficiente que o Zetia para reduzir o colesterol nas artérias carótidas.
O Zetia reduz o colesterol nos intestinos, enquanto os remédios tradicionais neutralizam sua fabricação no fígado.
Já a niacina aumenta o bom colesterol (HDL), enquanto o Zetia combate o mau colesterol (LDL).
Os resultados deste teste clínico, batizado de "Arbiter" e realizado com 208 pacientes tratados durante 14 meses, foram publicados pela revista especializada norte-americana "New England Journal of Medicine" (NEJM) e apresentados durante a conferência anual da American Heart Association, que começou domingo em Orlando, na Flórida (sudeste dos EUA).
Um estudo clínico publicado em 2008 sobre o Vytorin, que combinava uma estatina produzida pela Merck com o Zetia, então fabricado pela Schering-Plough, já levantara dúvidas sobre a capacidade do Vytorin e do Zetia de tratar com mais eficácia as doenças cardiovasculares.
Senadores americanos, entre os quais o republicano Charles Grassley, pediram então uma investigação, suspeitando de que Merck e Schering-Plough (que anunciaram recentemente sua fusão) estariam exagerando a eficácia de seus medicamentos em campanhas publicitárias.
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