O Brasil terá cerca de 489.270 novos casos de câncer no próximo ano, afirmou nesta terça-feira o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o Instituto, os tipos mais comuns no país serão o de pele não melanoma, próstata e mama feminina. Os dados fazem parte da estimativa produzida uma vez a cada dois anos.
O levantamento aponta que serão as mulheres as mais afetadas, respondendo por 52% dos novos casos (cerca de 253.000), enquanto os homens serão responsáveis por 48% do casos (236.000). Os tipos mais comuns de câncer entre elas serão de mama, colo de útero, cólon e reto. Já entre eles, o de próstata será o tumor mais incidente.
Ainda de acordo com o estudo, as mulheres que vivem nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo terão risco maior de desenvolver câncer de mama, enquanto as do Amazonas e Tocantins serão mais vulneráveis ao de colo de útero. O câncer de pulmão será mais incidente entre as pacientes do Rio Grande do Sul, e o de estômago, do Ceará.
Entre a população masculina, os que vivem no Rio Grande do Sul serão os que apresentarão mais casos de câncer de próstata e pulmão, enquanto o câncer de estômago será mais incidente entre os moradores do Ceará.
Os dados utilizados para o cálculo têm como base o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). A pesquisa foi feita em 20 cidades brasileiras. De acordo com o Instituto, a estimativa atual não pode ser comparada às anteriores, porque reflete um contexto que se modifica ao longo do tempo.
Envelhecimento - O crescimento no número de casos de câncer está diretamente ligado ao envelhecimento da população, em todo o mundo. Contudo, alguns hábitos da população potencializam o desenvolvimento da doença, como o consumo de álcool e o sedentarismo.
O Inca ressalta que o controle do tabagismo poderia evitar cerca de 30% dos novos casos de câncer previstos para o Brasil no próximo ano. Já uma alimentação saudável poderia evitar 35% de tumores, enquanto 10% das doenças que atingem a pele não aconteceriam se fossem adotadas medidas de proteção à radiação solar.
FONTE: VEJA
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