PRO TESTE rebate nota de dermatologistas

Entidade não entende porque a Sociedade Brasileira de Dermatologia criticou o teste dos protetores solares.

A PRO TESTE Associação de Consumidores não precisa de aval de entidades de classe para o trabalho de pesquisa que realiza. O que faz, como lhe compete estatuariamente e ainda com a responsabilidade de ser reconhecido o seu trabalho como OSCIP, é encaminhar os resultados das análises para os fabricantes e para os organismos governamentais, a fim de contribuir para o aperfeiçoamento da qualidade dos produtos e serviços testados e sempre que necessário lutar por melhor legislação.

Assim, a PRO TESTE cumpre o seu papel de propor ajustes que aumentem a segurança e a qualidade dos produtos e serviços utilizados pelos brasileiros. Por isso, estranha o comunicado da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no qual afirmava não reconhecer os resultados do teste sobre protetores solares.

É estranho que uma entidade representativa de médicos se confunda com os interesses de empresas que ofereçam produtos pouco adequados aos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países nos quais atuam. No caso da PRO TESTE, nossa única responsabilidade é com os consumidores.

É um absurdo dizer que, ao demonstrar a ineficiência da maioria dos protetores solares testados, a PRO TESTE estaria desestimulando o uso do produto. Seria a mesma coisa, salvo as devidas proporções, que uma pesquisa ao demonstrar que determinados medicamentos fossem placebos, estivesse desestimulando o tratamento daquela doença.

A PRO TESTE se preocupa com a saúde e segurança do consumidor brasileiro, e recomenda, sim, o uso do protetor solar, mas eles devem oferecer proteção verdadeira, sem os problemas detectados no teste comparativo, como conter substância cancerígena e ter pouca proteção e por pouco tempo.

O teste comparativo mostrou que, entre os 10 produtos analisados, há opções seguras no mercado. E nada impede que os demais protetores analisados sejam aperfeiçoados, antes pelo contrário. Os testes comparativos objetivam comparar qualidade, preço e custo benefício de produtos e serviços semelhantes, mas de marcas diferentes.

Quanto à metodologia utilizada para as análises, é a determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por uma Diretiva Européia para as questões em que a legislação brasileira está ultrapassada. Nas análises laboratoriais foi utilizado o método in vitro.

A Associação não divulga o laboratório responsável pela análise por questões contratuais e para não comprometer a isenção da pesquisa.
Se a PROTESTE já é perseguida em todos os níveis, inclusive judicialmente, por defender o consumidor ao expor os resultados de seus testes comparativos, pode-se imaginar o que ocorreria com os laboratórios que lhes prestam serviços. Seriam boicotados, perseguidos, etc.

Saiba como foi feito o teste:

* Para análise da rotulagem, a PROTESTE levou em conta a Resolução RDC nº 237, de 22 de agosto de 2002, que aprova Regulamento Técnico Sobre Protetores Solares em Cosméticos. E, na análise de composição, foi verificado se havia a presença de ingredientes potencialmente cancerígenos, como a Benzophenone-3, já proibido em outros países, por apresentar esterogenicidade e entrar na circulação sanguínea.
* Para o teste de irritabilidade, em um grupo de 10 usuários, foi verificado se os produtos causavam algum tipo de irritação durante o uso.
* Para verificar a viscosidade, foi usado um viscosímetro Brookfield, a 20ºC.
* Para verificar se há perda do produto que permanece retido na embalagem, ela foi pesada antes e depois de ser retirado todo o conteúdo possível.
* Para análise da hidratação foi medido o aumento da hidratação da pele após duas, quatro e seis horas de uma única aplicação padronizada de protetores, utilizando-se o aparelho Corneometer CM 825.
* Na verificação de proteção UVB e UVA, foram seguidas as recomendações de organismos oficiais (EU, COLIPA, AFSSAPS), Method for in vitro Determination of UVA Protection, 2009 - COLIPA - Publicação de Diffrey e Robson para Fator de Proteção Solar (FPS) in vitro.
* O teste para determinação de FPS foi realizado com o mesmo método utilizado para UVA, mas com diferentes comprimentos de onda. O método in vitro para fator de proteção solar PFPS foi escolhido devido a alguns fatores:
* É um método objetivo e reprodutível;
* Possibilidade de quantificar UVA e UVB com o mesmo método (mas com diferentes comprimentos de onda), para fazer a relação de proteção entre eles.
* Para análise de fotoestabilidade do FPS in vitro, foi feita medição antes e depois da exposição do produto à radiação solar e ao calor de 40ºC, por uma hora.
* Para análise da resistência à água, o FPS foi medido antes e depois da imersão em água a 22ºC, por 30 minutos.

Fonte: Pro teste

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