Um estudo americano divulgado na publicação Archives of Internal Medicine chamou a atenção para um tema bastante discutido no setor médico e ainda carregado de muitas controvérsias: a tomografia computadorizada pode aumentar os riscos de se desenvolver câncer? Segundo a recente pesquisa, sim.
Os cientistas afirmaram que, em alguns tipos de pacientes e alguns tipos de tomografia, até 1 em 80 cada pacientes pode ter câncer por ser exposto ao exame. Esse índice é consideravelmente maior do que a difundida estatística de geral 1 para 1000.
Se as conclusões dos pesquisadores estiverem corretas, milhares de casos de câncer podem estar diretamente relacionados aos procedimentos que envolvem a utilização de emissões eletromagnéticas no diagnóstico de doenças.
A tomografia computadorizada é mais popular nos Estados Unidos do que na Europa e é indicada em casos nos quais os médicos necessitam da tecnologia para "reconstruir" tridimensionalmente órgãos internos, vasos, ossos e tumores.
O uso indiscriminado de aparelhos de raio X, em especial a tomografia, já é considerado pela comunidade médica um agravante para quem tem qualquer predisposição de desenvolver a doença. Entretanto, o novo estudo mostra que os riscos são maiores do que os tomados anteriormente como referência.
"Em nosso estudo, percebemos que os riscos de certos pacientes desenvolverem câncer, se expostos a certos tipos de 'escaneamento', são maiores do que os já divulgados. Isso significa que 1 em 80 pessoas nessas condições ficam doentes por conta do procedimento tecnológico", afirmou a pesquisadora Rebecca Smith-Bindman, da Universidade da California.
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