A companhia “22nd Century Group”, baseada no estado de Massachussets (EUA), detém 98% da patente de um produto revolucionário. É um cigarro feito com tabaco geneticamente modificado. O sabor, a textura e a sensação proporcionados por esse cigarro são iguais à de qualquer outro. Mas ele tem 97% a menos de nicotina.
A nicotina não apenas é responsável por muitos casos de câncer de pulmão, como também está ligada aos processos químicos no cérebro que dão origem ao vício por cigarros. A criação de um cigarro que “simula” o fumo normal, mas contém quantias irrisórias de nicotina, proporciona uma vantagem dupla. Além de fazer com que as pessoas abandonem pouco a pouco o vício de fumar, diminuem desde o início os impactos negativos no organismo.
A expansão desse cigarro pelos centros comerciais dos EUA faz parte de um pacote de medidas do governo norte americano para reduzir o vício ao fumo. Alguns estudos que visam combater o problema vão receber incentivos de até 2,5 milhões de dólares no próximo ano.
Além das medidas de incentivo a pesquisa, o governo está buscando medidas para estimular a fabricação e a venda deste produto no futuro. Um órgão oficial, a Food and Durgs Administration (o FDA, que fiscaliza a fabricação de gêneros alimentícios e medicamentos), declarou em relatório recente que 20% dos americanos são fumantes.
Os métodos mais conhecidos para parar de fumar, como explica a entidade, incluem adesivos, fumo de mascar e pastilhas, além de um cigarro “eletrônico” que visa simular a sensação do fumo. Segundo o FDA, nenhum destes mecanismos foi capaz de baixar a taxa de fumantes, que se mantém nestes mesmos 20% desde 2004. Os médicos acreditam que seja o momento de dar chance a esse novo método, e aplaudem o grande volume de incentivo financeiro para novas pesquisas.
Fonte: NewYorkTimes
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