Ninguém deve dizer para você que você deve esperar dor. E, também, se você não quiser sentir dor, a dica é não olhar para a injeção. Se vai funcionar? Com certeza.
Nossa percepção da dor é baseada em duas coisas: nossas experiências passadas (você já sabe que objetos afiados, como a agulha, causam dor quando pressionados contra a pele) e nossas expectativas (geralmente influenciadas pelo profissional da saúde, que nos diz o que esperar – só uma dorzinha, uma picadinha, etc).
Como contornar tudo isso, então? Não olhando para a agulha – assim não lembrando da dor que ela causa – e não ouvindo que a injeção vai causar desconforto (é melhor que o profissional não diga nada, ou diga que você não vai sentir dor).
O estudo feito pelo Centro Médico da Universidade de Hamburg-Eppendorf (Alemanha) analisou as reações de 25 estudantes universitários a um choque especialmente designado para causar um desconforto igual a de uma injeção (um choque leve).
Ao receber o choque, as pessoas estavam olhando para um monitor com uma imagem de uma mão na mesma posição que a sua, parecendo que estavam olhando para sua própria mão. Algumas pessoas receberam o choque enquanto viam a mão sendo picada por uma agulha, outros enquanto viam a mão ser tocada por um cotonete, e o grupo de controle viu apenas uma mão.
Em seguida, eles disseram quanta dor e desconforto sentiram. Sem surpresa, os resultados mostram que as pessoas que viram mãos sendo picadas por agulhas sentiram mais dor e desconforto.
Ou seja, os pesquisadores concluíram que a expectativa das pessoas sobre a dor que estão prestes a sentir afeta a sua percepção da intensidade da dor.
Essa conclusão está alinhada a outras descobertas, como a de que se você disser que um estímulo será muito doloroso para alguém, essa pessoa vai sentir mais dor em comparação com outras que receberam o mesmo estímulo, mas que ouviram que ele ia ser indolor.
Outra pesquisa que suporta que a dor depende muito da nossa percepção descobriu que a meditação é um poderoso analgésico, diminuindo a percepção da dor nas pessoas, porque muda a forma como o cérebro processa os sinais de dor.
Fonte: MSN
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