5 habilidades comuns entre pessoas inovadoras



No final do ano passado foi lançado o novo livro do professor Clayton Christensen, cujo nome é “The Innovator’s DNA”, onde ele apresenta um estudo colaborativo de oito anos no qual buscou-se descobrir as origens de negócios inovadores e muitas vezes disruptivos.

Foram entrevistados mais de uma centena de inventores de produtos e serviços inovadores , assim como fundadores e CEOs de empresas construídas sobre ideias de negócio inovadoras. Como resultado dessa pesquisa, foram identificadas 5 habilidades  que distinguiram empresários e executivos inovadores de gerentes comuns. Abaixo, relaciono  as habilidades e meus comentários:
Estabelecer conexões: Identificar conexões entre campos de conhecimento diferentes e independentes para geração de novas ideias e resolução de problemas e questões empresariais. É entender que diferentes culturas, domínios e disciplinas podem fluir para um ponto em comum. É permitir que conceitos estabelecidos se esbarrem e se combinem, criando uma multiplicidade de ideias extraordinárias. Descobertas revolucionárias ocorrem quando identificamos interseções entre campos independentes;
- Questionamento constante: Como prega a propaganda do canal Futura: “O que move o mundo para frente são as perguntas e não as respostas”. Inovadores estão sempre do lado de cá das perguntas. Estão sempre questionando o senso comum, afinal de contas, ideias disruptivas não nascem a partir de ideias medianas;
Poder de observação: Henry Ford uma vez afirmou: “Se eu tivesse perguntado aos meus clientes o que eles queriam, eles teriam dito que queriam um cavalo mais veloz”. Clientes só conseguem apresentar necessidades a partir daquilo que eles conseguem enxergar, baseado constantemente no referencial que eles já têm. Inovadores enxergam necessidades não articuladas, conseguem enxergar as necessidades e comportamentos de seus clientes de forma conceitual, sem se prender a objetos;
Networking: Conheça pessoas diferentes e com perspectivas diferentes. Tal atitude ajuda a potencializar a habilidade de conectar campos de conhecimento diferentes e independentes. Lembre-se que para isso você precisará exercitar sua humildade e sua capacidade de escutar sem pré-conceitos;
Experimentação: Vale aqui a máxima do Google: “Erre o mais rápido possível”. É criar um ambiente de experimentação onde os erros possam ser controlados e, principalmente, possam ser utilizados como instrumento pedagógico na busca por novas respostas. Cada experimento gera uma nova resposta ou um novo comportamento do sistema que deve ser constantemente avaliado. É o método Dr. House aplicado na prática.
É importante ressaltar que essas são características identificadas de forma individual, mas que só funcionam quando sabemos explorar a coletividade de ideias e quando entendemos que empresas, na verdade, são redes sociais que se formam para atingir uma missão e visão de negócios definidos.
Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, no qual conceitos que não parecem estar relacionados, na verdade estão. Essa não é a primeira vez que vemos uma convergência desse tipo. Na Renascença, Leonardo da Vinci foi o exemplar mais ilustre de quando artistas, cientistas e comerciantes entraram juntos na interseção e produziram uma das mais criativas explosões de arte, cultura e ciência da Europa.
O motor do progresso humano tem sido o encontro de idéias para criar novas idéias. Essa é a diferença entre a inteligência coletiva e a burrice das multidões.

Fonte: HSM Management

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