UM ANO APÓS A TRAGÉDIA. COMO ANDA A SITUAÇÃO?

5.563. Esse foi o total de residências atingidas pela enchente de 2008 em 40 municípios de Santa Catarina. Segundo a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab/SC), até o momento, 300 casas foram entregues, 4.294 estão em construção e 969 em fase de projeto.

Em Blumenau serão construídos apartamentos e nas demais cidades, casas de madeira. Entre os 12 municípios que decretaram estado de calamidade pública, apenas Itapoá não teve residência destruída completamente e não receberá novas habitações.

De acordo com a Cohab, em muitos casos os terrenos também foram perdidos, obrigando a compra de outras áreas para a construção. O órgão alega que a dificuldade em encontrar regiões seguras atrasou, em alguns casos, o início das obras.

Ao todo, foram investidos R$ 46.041.000,00 no setor de habitação: R$ 27.916.000,00 para a construção de casas e R$ 18.125.000,00 para a compra de terrenos. Os recursos são provenientes dos governos federal e estadual, iniciativa privada e doações.

Ainda serão construídos 2.524 apartamentos, orçados em R$ 113.580.000,00, em Blumenau. Dos municípios beneficiados, 18 receberam recursos para terrenos. Nos demais, as construções são edificadas em terras das prefeituras ou nos terrenos das próprias famílias atingidas, principalmente nas áreas rurais. A previsão é de que as obras sejam entregues em até 2011.

Mesmo um ano após a tragédia, mais de 1,2 mil famílias catarinenses ainda não têm a moradia garantida. Em Gaspar, menos de um terço das vítimas da enchente asseguraram o direito à nova casa.

Já em Blumenau, existe a necessidade de três mil moradias, sendo que foi atendido o pedido de 2.886 delas. Uma das situações mais graves ocorre em Itajaí, onde foram garantidas apenas 31 residências de 262 — o equivalente a 11,83%.

Confira na lista a necessidade de cada município e o número de atendimentos registrados.

1. Blumenau: necessidade de 3 mil casas; 2.886 atendidas
2. Gaspar: necessidade de 480 casas; 140 atendidas
3. Ilhota: necessidade de 220 casas; 156 atendidas
4. Luís Alves: necessidade de 200 casas; 96 atendidas
5. Pomerode: necessidade de 24 casas; 24 atendidas
6. Botuverá: necessidade de 2 casas; 2 atendidas
7. Brusque: necessidade de 260 casas; 113 atendidas
8. Canelinha: necessidade de 51 casas; 10 atendidas
9. Guabiruba: necessidade de 14 casas; 13 atendidas
10. Nova Trento: necessidade de 22 casas; 12 atendidas
11. São João Batista: necessidade de 80 casas; 50 atendidas
12. Tijucas: necessidade de 23 casas; 23 atendidas
13. Antônio Carlos: necessidade de 9 casas; 9 atendidas
14. Balneário Piçarras: necessidade de 31 casas; 31 atendidas
15. Camboriú: necessidade de 117 casas; 70 atendidas
16. Itajaí: necessidade de 262 casas; 31 atendidas
17. Navegantes: necessidade de 30 casas; 30 atendidas
18. Apiúna: necessidade de 10 casas; 6 atendidas
19. Corupá: necessidade de 40 casas; 10 atendidaS
20. Guaramirim: necessidade de 80 casas; 80 atendidas
21. Jaraguá do Sul: necessidade de 130 casas; 130 atendidas
22. Schroeder: necessidade de 10 casas; 2 atendidas
23. Ascurra: necessidade de 7 casas; 7 atendidas
24. Benedito Novo: necessidade de 40 casas; 36 atendidas
25. Indaial: necessidade de 41 casas; 21 atendidas
26. Rio dos Cedros: necessidade de 13 casas; 7 atendidas
27. Rodeio: necessidade de 38 casas; 36 atendidas
28. Timbó: necessidade de 13 casas; 12 atendidas
29. Araquari: necessidade de 5 casas; 5 atendidas
30. Barra Velha: necessidade de 30 casas; 30 atendidas
31. Garuva: necessidade de 12 casas; 12 atendidas
32. Joinville: necessidade de 120 casas; 100 atendidas
33. São João do Itaperiú: necessidade de 3 casas; 3 atendidas
34. Capivari de Baixo: necessidade de 30 casas; 15 atendidas
35. Tubarão: necessidade de 15 casas; 15 atendidas
36. Araranguá: necessidade de 40 casas; 40 atendidas
37.Timbé do Sul: necessidade de 15 casas; 5 atendidas
38.Turvo: necessidade de 32 casas; 14 atendidas
39. Nova Veneza: necessidade de 12 casas; 12 atendidas

TOTAL GERAL: necessidade de 5.563 casas; 4.244 atendidas

Fonte: Santa.com.br

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