Você sabe o que é orgasmo perfeito?

Especialistas explicam o que é e como ter um orgasmo duplo, também conhecido como perfeito. 


Quem não gostaria de ter um orgasmo tão bom que poderia ser considerado perfeito? 

Duas especialistas em sexo, Sadie Allison e Yvonne Fulbright, falaram à revista norte-americana Cosmopolitan, em abril deste ano, sobre o tão desejado êxtase e despertaram a curiosidade de homens e mulheres. Será que ele existe mesmo? No Dia Internacional do Orgasmo, celebrado em 31 de julho, o Delas entrevistou especialistas que atestam: o orgasmo perfeito existe e não é tão difícil de ser atingido.

O que se entende por 'orgasmo perfeito', na verdade, são dois tipos diferentes de orgasmos que acontecem ao mesmo tempo: o vaginal e o clitoriano. O primeiro consiste no estímulo do ponto de maior sensibilidade localizado dentro do canal vaginal, popularmente conhecido como Ponto G. O segundo é resultado de carícias no clitóris, localizado na parte externa da vagina. A vantagem desse tipo de orgasmo é que ele proporciona sensações mais intensas e contínuas do que os dois orgasmos atingidos separadamente. 

Para a sexóloga e psicóloga Walkiria Fernandes, esse tipo de êxtase acontece principalmente graças ao clitóris. Seja o prazer vaginal ou clitoriano, é necessário que haja um atrito com o órgão sensível, de maneira direta ou indireta. “O orgasmo parte do clitóris. Mesmo com a penetração, se não tiver o atrito, não atinge o orgasmo”, explica.

“Para que a mulher consiga atingir o orgasmo perfeito, tem que ter estímulo simultâneo, com penetração e masturbação”, ensina a ginecologista Regina Paula Ares. Apesar de reconhecer a importância do prazer físico, ela acredita que o orgasmo seja muito mais do que isso. “Tem mais a ver com a cabeça do que com o corpo. É uma questão de conhecimento, preparação do corpo, frequência e periodicidade da vida sexual.”

O médico especialista em sexualidade Francisco Anello lembra ainda que as preliminares são fundamentais para que a mulher consiga atingir o prazer duplo. “A mulher faz sexo com todos os órgãos do sentido. Ela gosta de ver o parceiro, de ouvir coisas excitantes, de sentir o toque do companheiro, do perfume gostoso. O sexo feminino envolve muitas preliminares que, se valorizadas, podem levar ao orgasmo total.”

As melhores posições

Apesar de parecer complexo, o orgasmo perfeito pode ser alcançado com a ajuda do parceiro, com o auxílio de brinquedos eróticos ou mesmo sozinha. E não precisa ter medo de pedir para o seu companheiro embarcar nesse objetivo ou de ensiná-lo como fazer. “O homem imaturo acha que todo prazer tem que vir dele. Já o homem maduro aceita que brinquedos eróticos podem deixar o sexo ainda melhor. Para ter orgasmos plenos e satisfatórios, é necessário duas pessoas confiantes e maduras”, explica Walkíria.

Várias posições podem permitir que o orgasmo perfeito seja atingido. Um simples ‘papai e mamãe’, por exemplo, funciona muito bem. “Nessas condições, o ‘papai e mamãe’ é uma posição confortável. A posição de cachorrinho também pode trazer bons resultados, pois o homem se sente ‘no comando’ enquanto penetra a mulher por trás e pode estimulá-la na frente”, explica a ginecologista Regina.

A posição do sucesso é aquela que possibilita a penetração e o estímulo clitoriano ao mesmo tempo. “Se não tiver o contato manual, tenha sempre estabelecido o toque entre o púbis do homem com o da mulher, penetrando e excitando o clitóris”, finaliza Regina.

Fonte: IG

Qual é a melhor estação para ficar grávida?

Alguns saberes antigos, rapidamente catalogados como mitos pela ciência moderna, aos poucos vão sendo incorporados ao "saber oficial".

Há poucos dias, pesquisadores que se dispuseram a estudar o assunto com boa vontade reconheceram que nosso sono de fato segue os ciclos lunares.

Agora foi a vez de reconhecer uma conexão entre a saúde dos recém-nascidos e a estação do ano em que eles vêm à luz.

Janet Currie e Hannes Schwandt, da Universidade de Princeton (EUA), constataram que a saúde dos recém-nascidos acompanha um ciclo seguindo as estações do ano.

O estudo se concentrou no aspecto estatístico, motivo pelo qual ele não oferece explicações sobre como ou porque as estações afetam a saúde das crianças, mas serviu para eliminar explicações fáceis, como a de que bebês nascidos no inverno seriam menos saudáveis porque estariam mais sujeitos a resfriados.

Segundo os dois pesquisadores, a associação que surge na análise dos dados é uma "relação quase mística".

Gravidez e estações do ano

Já em 1930, estudos davam conta de que as crianças nascidas no inverno eram mais propensas a problemas de saúde mais tarde na vida, incluindo um crescimento mais lento, incidência de doenças mentais, e até mesmo a morte precoce.

Entre as explicações propostas estavam doenças, temperaturas extremas e níveis de poluição mais elevados associados com o inverno, quando as mães grávidas e os bebês, sobretudo os prematuros, estariam mais vulneráveis.

Mas, olhando para dados demográficos mais gerais, o quadro verificado agora ficou bem mais complicado.

As mães que não são brancas, são solteiras, ou não têm educação universitária são mais propensas a ter filhos com problemas de saúde e de desenvolvimento. Elas também são mais propensas a conceber no primeiro semestre do ano.

Isso torna difícil separar os efeitos socioeconômicos dos efeitos sazonais, ou seja, das estações do ano.

Currie e Schwandt, então, adotaram uma abordagem diferente para enfrentar a questão: eles analisaram apenas irmãos. Como nascem da mesma mãe, isso elimina o fator socioeconômico e permite a comparação dos nascimentos entre as estações.

Mês das noivas, não dos bebês

No estudo, feito no hemisfério norte, Maio é a época menos favorável para engravidar, concluíram os pesquisadores.

Os bebês concebidos em Maio (e, portanto, que nascem no meio do inverno) têm uma chance 13% maior de nascerem prematuros, têm peso abaixo da média e seu tempo de gestação é de quase uma semana abaixo da média.

Como o baixo peso ao nascer e a prematuridade têm sido associados a diversos problemas de saúde - sistema imunológico mais fraco, visão e audição piores e desenvolvimento cognitivo mais lento -, essa variação pode ajudar a explicar as diferenças na vida adulta, afirmam os pesquisadores.

Como o estudo foi feito para o hemisfério norte, é de presumir que os resultados devam ser invertidos para o Brasil, onde as estações são opostas.

Mas esta é apenas uma suposição, e considera que os efeitos registrados devem-se à temperatura, umidade e outras condições climáticas. Se o efeito é realmente invertido, somente uma análise similar no hemisfério sul poderá revelar.

Como Maio está no meio da primavera no hemisfério norte, se a inversão for verdadeira, as conclusões valeriam para concepções no mês Novembro no hemisfério sul, com os bebês nascendo no meio do inverno.
 
Fonte: Science

Como tornar-se mais resiliente

Aprendendo a ser

A resiliência psicológica caracteriza a nossa capacidade de enfrentar problemas, superar obstáculos e resistir à pressão de situações adversas sem que haja abatimento significativo de nosso ânimo ou mesmo dano permanente à nossa psicologia, de forma que possamos restituir integralmente nosso estado de equilíbrio emocional original.

Vimos também que a resiliência é apontada pelos especialistas como uma competência – tanto de indivíduos quanto de organizações – e como tal, pode ser ensinada e aprimorada.

Assim cabem duas perguntas determinantes:

Como faço para tornar-me mais resiliente? Como aprimorar minha resiliência para uma resposta mais rápida?

Vamos à primeira pergunta:

É consenso entre especialistas que existem características comuns entre os indivíduos com ampla capacidade de enfrentamento das adversidades, denominados, por esta razão, fatores de resiliência tais como: vontade de viver, autoestima, amor próprio, respeito próprio, esperança, crença, autonomia, iniciativa pessoal, autodeterminação, busca de significado para a vida, autoafirmação, preservação da identidade, curiosidade e capacidade de estabelecer bons relacionamentos.

Se eu quiser me tornar mais resiliente, devo procurar incrementar cada um desses fatores.

Evidentemente é um processo que se inicia na infância e avança muitas vezes de forma natural, reunindo consciência, atitudes e habilidades ativadas nos processos de enfrentamento de situações em todos os campos da vida.

Na vida adulta a resiliência se comporta como uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer.

Essas decisões propiciam desenvolvimento de forças no indivíduo, forças essas arregimentadas com o objetivo claro de se efetuar o enfrentamento das adversidades.

Numa analogia grosseira, poderia se dizer que o indivíduo arregimenta valores morais durante a vida, como alguém que organiza um kit de sobrevivência na selva. No momento de emergência pode fazer uso desses componentes para resolver as contingências.

Cabe também salientar, que apenas o fato de possuir tal kit, já tua como um elemento tranquilizador no momento em que ocorrem as tensões. Daí o sangue frio de um indivíduo resiliente no momento de enfrentamento das adversidades.

Num outro exemplo, o motorista que ao efetuar uma viagem de carro, prepara-se com antecedência, efetuando a revisão no veículo, conferindo o kit de segurança, etc., viaja com maior tranquilidade.

Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.

Daí, no instante do enfrentamento não faltarem “soluções” em seu “kit de sobrevivência”.

É fácil entender também o porquê de muitos indivíduos resilientes não ficarem “destroçados psicologicamente” antes, durante ou depois do enfrentamento de um grande problema:

Primeiro, por que confiam em si mesmos e em sua capacidade de resolver problemas.
 
Segundo, por que sempre dão o melhor de si nesse enfrentamento da adversidade (não cabendo, a posteriori, nenhuma forma de arrependimento ou remorso).

Terceiro, por que possuem a consciência de seu verdadeiro tamanho.

Nessa constatação fica evidente que existem problemas cuja solução é coletiva e/ou depende de habilidades muito além de sua capacidade, daí a necessidade de capacitação e do trabalho em equipe.

Fórmulas mágicas x aprendizado


Também é evidente que não existem fórmulas mágicas ou receitas milagrosas para que um indivíduo se torne resiliente da noite para o dia.

Aliás, a maioria das pessoas peca exatamente nesse quesito:

- Procura por uma chave mestra capaz de resolver todos os problemas da vida.

Muitos descobrem às duras penas que isso não existe, e assim perdem as esperanças, tornando-se amargos, pessimistas e derrotados.

Outros, atemorizados perante a vida, se entregam a toda sorte de crendices e superstições, tentando delegar a outros aquilo que é unicamente de sua responsabilidade.

O determinante, a meu ver, é buscar o esclarecimento, como diz Immanuel Kant em seu idealismo transcendente.

Algo como aprender a fabricar chaves.

O esclarecimento, nesse viés, é aprender a fazer uso de seu próprio entendimento. De sua própria capacidade de resolver problemas.

Afinal, essa é uma das razões de nossa razão. Resolver problemas. Afinal, para que serve nossa inteligência?

Para Kant, os maiores problemas nesse enfrentamento, no desenvolvimento dessa capacidade do ser humano de “caminhar com as próprias pernas” é a preguiça e a covardia.

Para a maioria dos seres humanos é bastante cômodo permanecer na área de conforto e delegar a outros que pensem, que decidam e que façam por ele aquilo que nega a si mesmo.

(Eis aí o método de fabricar chaves: pensar, decidir e fazer – enquanto muitos usam o: delegar, postergar e fugir).

Preparar-se para a vida e enfrentar as adversidades exige esforço – por isso muitos se perguntam: para quê se esforçar? Porquanto ainda existam outros a quem se possa delegar a solução de nossos problemas? Ou, senão, pelo menos inferir a culpa de nossas desgraças.

Segundo Kant, os seres humanos quando permanecem nessa “menoridade”, são incapazes de tomar suas próprias decisões e de fazer suas próprias escolhas.

Daí serem derrotados e destroçados perante a menor dificuldade.

É importante frisar que o direito de tomar suas próprias decisões denomina-se liberdade – essa capacidade de ser causa e não apenas efeito.

Assim, se alguém me pede uma dica de como nos tornarmos mais resilientes eu respondo que o primeiro passo é refletir sobre esse questionamento Kantiano e colocar, a cada dia, mais coragem e mais vontade em nossa caminhada pela vida.

E como reza a sabedoria popular toda grande caminhada se inicia com um primeiro e decisivo passo.

E os demais passos que se sucedem e que sustenta a caminhada?

Bem, esse já é um assunto para um próximo artigo. Não perca!

Por que sentimos coceira?

Várias coisas (alergias, substâncias irritantes, doenças de pele e até mesmo doenças psicológicas) podem causar coceira, mas qual seria, no corpo, o mecanismo por trás disso?

Em artigo publicado recentemente na revista Science, uma dupla de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa Dentária e Craniofacial dos Estados Unidos explicou que, para que o corpo sinta coceira, é necessário um neurotransmissor chamado Nppb, que ativa o processo logo após certos tipos de estímulo (como os citados no primeiro parágrafo).

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram manipulação genética para desenvolver ratos que não produzem Nppb. “Quando expusemos esses animais a diversas substâncias que induzem coceira, foi incrível de observar”, conta Santosh Mishra, um dos autores. “Nada aconteceu. Os ratos não se coçavam”.

Em seguida, eles injetaram o neurotransmissor no organismo dos animais – e isso, por si só, lhes causou coceira. Além disso, removeram suas células da espinha dorsal que atuam como receptores do Nppb e, embora os ratos respondessem normalmente a estímulos de toque, temperatura e dor, sua resposta a coceira induzida por histamina foi “dramaticamente reduzida”.

O Nppb, concluem os autores, “é ao mesmo tempo necessário e suficiente para a transmissão de sinais periféricos que induzem respostas padrões a coceira”. Contudo, como esse neurotransmissor está envolvido em outros processos (no coração e nos rins, por exemplo), tratamentos que visam diminuir sua produção para reduzir coceira poderiam ter efeitos colaterais perigosos.

“Agora, o desafio é encontrar biocircuitos similares em pessoas, avaliar o que há neles, e identificar moléculas únicas que podem ser atingidas para reduzir coceira crônica sem causar efeitos colaterais”, destaca o pesquisador Mark Hoon.

Fonte: io9, Science


Estrogênio melhora o desempenho mental

 
Estudos afirmam que o hormônio estrogênio pode aguçar o desempenho mental. Agora, os cientistas pensam que descobriram por que. O estrogênio pode aumentar o número de conexões entre as células cerebrais, melhorando a comunicação no cérebro.

Trabalhos anteriores mostraram que o estrogênio podia melhorar a memória e aumentar a precisão em testes, tanto em pessoas quanto em animais. No novo estudo, os pesquisadores trataram células cerebrais de ratos em um prato com um composto semelhante ao estrogênio.

O composto ativou os receptores de estrogênio das células, desencadeando uma série de reações químicas no interior delas, o que, por sua vez, causou um aumento no número de espinhas dendríticas (saliências semelhantes a pêlos na superfície das células que lhes permitem se comunicar).

Segundo os pesquisadores, essa ativação do receptor de estrogênio pode potencialmente aumentar a quantidade de informação que vai de uma célula para outra. Eles disseram que imitar os efeitos do estrogênio no cérebro poderia levar a tratamentos para condições como mal de Alzheimer e esquizofrenia.

Os pesquisadores têm motivos para crer que aumentar o número de espinhas dendríticas nesses pacientes pode ser benéfico. Pessoas com essas duas condições muitas vezes têm um número reduzido dessas estruturas em seus cérebros.

No entanto, o uso a longo prazo do estrogênio como terapia tem se mostrado problemático. Em 2002, um estudo descobriu que mulheres que tomaram estrogênio para aliviar sintomas da menopausa tinham um risco aumentado de câncer de mama, derrame e ataque cardíaco.

Por causa destes riscos, os pesquisadores têm procurado uma maneira de ativar os receptores de estrógeno sem o uso de estrogênio em si. Isso permitiria que os pacientes obtivessem os benefícios do estrogênio sem os efeitos colaterais. O composto do estudo é uma maneira de imitar os efeitos do estrogênio, mas os pesquisadores ainda não têm certeza se ele também não causaria nenhum efeito colateral.

Além disso, já que a pesquisa foi feita com ratos, são necessários mais estudos para determinar se o mesmo efeito – o aumento de comunicação entre as células – ocorreria no cérebro das pessoas. 
 
Fonte: LiveScience

Neva em diversos pontos do Brasil e paises vizinhos! Raridade!

Neva em pontos do interior da província de Buenos Aires nesta manhã, mas de forma localizada. As nuvens que trazem a neve avançam pra capital portenha e atuarão mais tarde também no Uruguai, onde pode ter neve isolada entre hoje e amanhã. Na noite de ontem e na madrugada de hoje, para terminar de forma branca as festas do Dia do Amigo, nevou forte na cidade de Mendoza. O amanhecer com sol neste domingo foi branco na grande cidade junto à Cordilheira dos Andes (foto do Twitter).



O grande dado de Mendoza veio dos metares (boletins meteorológicos do aeroporto). Quantas vezes você já ouviu que para nevar a temperatura precisa estar em 0ºC ? Esta é uma bobagem, um mito que se criou e que, inexplicavelmente, é repetido ad nauseam até por profissionais da área. A neve começou a cair em Mendoza, quando a temperatura era de 5ºC positivos. E com 2ºC nevou forte. Assim como em Porto Alegre, em 24 de agosto de 1984, nevou com temperatura entre 2ºC e 3ºC à tarde. O que havia em Mendoza durante a madrugada de hoje (ver os metares abaixo) era umidade baixa em superfície. Com um perfil de atmosfera gelada ao extremo e uma parcela de ar mais seco perto da superfície, os flocos de neve que deixam as nuvens acabam se mantendo íntegros, o que dificilmente ocorreria numa atmosfera saturada e com temperatura positiva. Este é um dos motivos que nos leva a crer que possa até nevar em áreas de baixa altitude do Rio Grande do Sul na semana.





A neve caiu também na capital chilena. Ontem à tarde, nevou na área da pré-cordilheira de Santiago. Em Las Condes, no estádio de Apoquindo, se disputava jogoentre o Sevilla e a Católica pela Copa Euromericana, vencida por 2 a 0 pelo Sevilla. A neve caiu no decorrer do jogo e teve pequena acumulação, mas o frio era muito intenso no estádio chileno. (foto do Twitter).





As últimas projeções de neve dos modelos para o Sul do Brasil em nada alteram o que a MetSul vem dizendo em seus últimos boletins (ver sequência de análises aqui nos blogs em posts anteriores). Deve nevar nos três estados do Sul e, inclusive, com possibilidade de acumulação. Para esta segunda-feira, o modelo americano em suas saídas das 0Z e das 6Z de hoje indicou pouca neve, concentrando as precipitações mais fortes sobre Santa Catarina e o Paraná. Já o Europeu apontou neve nos outros dois estados, mas com chance de ser forte na Metade Norte gaúcha, especialmente entre a Serra e os Aparados. Veja nos mapas as projeções de neve para amanhã no Rio Grande do Sul do modelo Europeu com base na rodada das 0Z de hoje.





Se as projeções do modelo Europeu estiverem corretas, já que ele aponta 5 a 15 mm de precipitação com temperatura ideal para a neve na Serra e Aparados, isso significaria uma possibilidade de acumulação até significativa, na ordem de 5 a 20 centímetros em média, o que é raríssimo e o Nordeste gaúcho não testemunha de forma mais ampla desde julho de 1994, quando a neve chegou a provocar o fechamento da estrada entre Gramado e Nova Petrópolis. Aliás, se algumas das projeções de neve dos modelos para o Sul do país entre amanhã e quarta-feira estiverem corretas, há até preocupação da nossa parte que o fenômeno em alguns pontos passe de espetáculo a transtorno dado aos volumes (o que se traduz em acumulados) previstos, com risco de problemas de trafegabilidade em estradas (talvez até a necessidade de correntes em estradas de localidades de maior altitude) e para a integridade estrutural de telhados. (Colaborou Marcelo Albieri)

Apenas uma em cada 13 adolescentes come frutas e vegetais suficientes

Apenas uma em cada 13 meninas com idades entre 11 e 18 anos consume cinco frutas e verduras por dia, a média que seria ideal. O que eles comem, no entanto, é cerca de 2,7 porções diárias, de acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido.

Quase metade (44%) das adolescentes também não está obtendo ferro suficiente em suas dietas. Meninos entre 11 e 18 anos não ficam muito atrás: apenas um em cada oito come cinco porções diárias de frutas e vegetais. O número médio entre eles é de 3,1.

Na idade adulta, o número começa a subir. Cerca de um em cada três adultos ingere frutas e vegetais suficientes por dia. O número médio é de 4,5 porções diárias entre os menores de 65 anos e de 4,4 para os com mais de 65.

No entanto, os especialistas estão preocupados com o alto consumo de gordura saturada entre eles. Adultos de 19 a 64 anos comem até dez vezes mais do que o nível recomendado. A maioria das pessoas também não ingere peixe o suficiente.

Os médicos alertam que os maus hábitos alimentares na infância podem ocasionar o aumento de problemas na vida adulta, como doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. É importante que crianças e adolescentes tenham uma dieta equilibrada, comendo no mínimo cinco porções por dia de frutas e vegetais.
 
Fonte: Telegraph
 
 

Otimismo melhora saúde e faz viver mais

De bem com a vida


Uma revisão de mais de 160 estudos encontrou "provas claras e convincentes" que - tudo o mais constante - as pessoas de bem com a vida tendem a viver mais e ter melhor saúde do que as pessoas infelizes.

Esta é a análise mais abrangente já feita das ligações entre a forma de encarar a vida e seus efeitos sobre a saúde.

Ed Diener, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisou estudos de longo prazo, testes experimentais feitos em seres humanos, experimentos com animais e estudos que avaliam o estado de saúde das pessoas estressadas poreventos naturais.

"Nós revisamos oito tipos diferentes de estudos", disse Diener. "E a conclusão geral de cada tipo de estudo é que o seu bem-estar subjetivo - ou seja, ter uma postura positiva sobre sua vida, não se estressar e não ficar deprimido - contribui para a longevidade e para uma melhor saúde entre indivíduos que não estão acometidos por outras doenças."

Valor do otimismo

Um estudo que acompanhou cerca de 5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos, por exemplo, descobriu que aqueles que eram mais pessimistas quando estudantes tenderam a morrer mais jovens do que seus colegas mais otimistas.

Um estudo ainda mais longo prazo, que monitorou 180 freiras católicas do início da idade adulta até a velhice, descobriu que aquelas que escreveram autobiografias positivas aos 20 anos de idade tenderam a viver mais do que aquelas que escreveram relatos mais negativos de suas vidas na juventude.

Houve algumas exceções, mas a maioria dos estudos de longo prazo concluíram que ansiedade, depressão, falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo, todos são associados com taxas mais elevadas de doença e uma vida mais curta.

Mesmo entre os animais há uma forte ligação entre estresse e saúde frágil.

Experimentos em animais que receberam os mesmos cuidados, mas diferiam em seus níveis de estresse (como resultado de haver muitos machos em suas gaiolas, por exemplo) revelaram que animais estressados são mais suscetíveis a doenças cardíacas, têm sistemas imunológicos mais fracos e tendem a morrer mais jovens do que aqueles que viviam em condições menos estressantes.

Experimentos de laboratório em humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após um esforço físico.

Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade entre casais foram associados com cicatrização lenta de ferimentos e pior resposta imunológica.

Recomendações para uma boa saúde

"Eu fiquei quase chocado e certamente surpreso ao ver a consistência dos dados," afirmou Diener. "Todos esses diferentes tipos de estudos apontam para a mesma conclusão: que a saúde e a longevidade são influenciadas por nossos humores."

"A felicidade não é nenhuma bala mágica," disse ele. "Mas a evidência é clara e convincente que ela muda suas chances de contrair doenças ou morrer jovem."

As atuais recomendações para uma boa saúde estão focadas em quatro itens: evitar a obesidade, comer direito, não fumar e fazer exercícios físicos.

Talvez seja hora de "acrescentar à lista seja feliz e evite a raiva crônica e a depressão," defende o pesquisador.

Fonte: BBC

5 cuidados para evitar a queda de cabelos

Existem aproximadamente 150 mil fios de cabelos que exercem a função de proteger o couro cabeludo contra a ação do frio, do calor e do excesso de luz solar. Eles também revelam a saúde do organismo e podem sofrer por causa de doenças internas, ou mesmo agressões externas, como o uso de produtos inadequados ou excesso de química e secador.

“Em caso de doenças, os cabelos podem cair ou afinar e, em relação às tinturas, podem ressecar. A queda de alguns fios ao lavar ou pentear é normal, perdemos cerca de 100 fios por dia. O cabelo tem um ciclo de vida continuado e passa por fases de crescimento e de repouso. Cada fio vive uma etapa específica, que se distribui em 85% no período de crescimento e 15% no período de repouso. Isso significa que tem sempre mais cabelo crescendo do que caindo. Mas é preciso prestar atenção quando houver um aumento significativo da quantidade de fios que caem”, afirma Carolina Marçon, dermatologista.

De acordo com a médica, existem vários fatores envolvidos na queda de cabelos. Alguns são apenas temporários e sazonais, não precisando de muitas preocupações, outros relacionados a alterações orgânicas e/ou fisiológicas, e, ainda pode ser decorrente de causas genéticas. “Se o paciente tem familiares com calvície é possível que também sofra ou venha a sofrer deste problema. O ideal é procurar um dermatologista para que o mesmo avalie, identifique e trate adequadamente.”
Alterações orgânicas

As principais alterações orgânicas envolvidas com a queda de cabelos são: alimentação inadequada, pobre em proteínas, vitaminas e minerais (principalmente dietas restritivas com perda abrupta e intensa de peso), anemia, febre, gravidez e pós-parto, cirurgias, medicamentos (anticoncepcionais, antidepressivos, emagrecedores), alterações hormonais, doenças metabólicas, inflamatórias e infecciosas e estresse emocional.

A dermatologista explica que a queda de cabelos também pode indicar a falta de alguns nutrientes que são fundamentais para o crescimento e saúde dos fios. “Os principais envolvidos na saúde capilar são o ferro, cobre, zinco, iodo, ácido fólico, aminoácidos (proteínas), vitaminas (biotina, vitamina D, vitamina B2 / B5 / B6) e ácidos graxos. Elas devem fazer parte da alimentação para que o cabelo cresça bonito e saudável. Os minerais têm um papel importante no metabolismo das proteínas que são responsáveis pela formação da estrutura dos fios de cabelo. A falta de certos minerais faz com que o cabelo se torne mais fino e frágil.”

Para identificar e tratar a causa, Carolina alerta que é preciso a avaliação de um dermatologista que irá analisar os fatores desencadeantes e direcionar o tratamento mais adequado para o motivo da queda, que poderá englobar medicamentos por via oral e tópicos, laser, fotobioestimulação, suplementação e orientação alimentar e transplante capilar.

Alguns cuidados:
  • Suplementos nutricionais bem indicados podem ser bons aliados na prevenção e reversão da queda de cabelo;
  • Se alimente adequadamente com uma quantidade suficiente de proteínas, ácidos graxos, vitaminas, minerais e água;
  • Evite medicamentos e suplementos sem indicação médica, muitos desses produtos podem desencadear ou agravar a queda de cabelo;
  • Use regularmente shampoos e demais produtos para tratamento capilar adequados ao seu tipo de cabelo;Evite usar água muito quente, opte por lavar o cabelo com água morna ou fria, isso garantirá vitalidade e brilho aos fios, além de evitar a queda;
  • Mantenha o couro cabeludo sempre limpo, afastando a oleosidade que dificulta sua oxigenação e enfraquece os fios, estimulando a queda.

A mulher moderna: mais trabalho, mais culpa

As mulheres entraram com tudo no mercado de trabalho e agora já são quase 50% dos trabalhadores do mundo. O problema é que muitas destas mulheres também são mães, que deixam seus filhos em casa – e sentem muita culpa por isso. Esta é uma das conclusões de uma série de pesquisas realizadas sobre mães trabalhadoras.

De acordo com o estudo, realizado nos Estados Unidos, mais de 70% das mulheres com filhos menores de 18 anos trabalham fora de casa. É possível dar uma espiada na vida destas mães trabalhadoras com base nas pesquisas realizadas pelo Centro de Pesquisas Pew e pelo Pesquisas General Social, que analisam as tendências sociais desde 1972 com mais de 1500 mulheres.

Os estudos descobriram que mais de 60% das mães que trabalham fora de casa prefeririam trabalhar apenas em meio período, enquanto apenas 19% dos pais afirmam o mesmo. Uma das pesquisas, realizada em 2005, revelou que 40% das mães trabalhadoras com filhos com menos de 18 anos se sentem constantemente com pressa. Outros 52% afirmaram que às vezes se sentem apressadas.

Embora as mães trabalhadoras modernas possam sofrer com estresse e culpa por deixar os filhos, apenas 19% dos estadunidenses concordam que as mulheres devem voltar ao papel tradicional de dona de casa. Em 1987, este número era de 30%, e atualmente 75% das pessoas discordam energicamente desta ideia. Além disso, uma pesquisa realizada em 2002 mostra que 30% das pessoas concordam que tanto homens e mulheres devem contribuir com a renda familiar, e 28% também concordam ligeiramente com isso.

“As informações sobre os últimos 30 anos mostram as tendências para homens e mulheres e apontam que cada vez mais as pessoas concordam que as mulheres devem ocupar papéis não-tradicionais”, afirma Rosalind Chait Barnett, da Universidade Brandeis, nos Estados Unidos.

Barnett aponta que algumas pesquisas têm questões ambíguas e não são totalmente claras, mas que as suas conclusões são consistentes com a ideia que as mães modernas têm que fazer de tudo – cuidar da casa, da família e ter uma vida profissional. “Isso ao mesmo tempo em que as mulheres têm suas próprias necessidades, têm que vencer na vida profissional e ter uma carreira satisfatória”, explica Joseph Grzywacz, da Universidade de Wake Forest, nos Estados Unidos.

Apesar de todas essas mudanças em comportamentos e atitudes, muitas mulheres ainda sofrem com a divisão de papéis que têm no trabalho e em casa. Por isso, para muitas mães, a decisão é simplesmente não trabalhar fora de casa: aproximadamente 34% das mães com filhos com menos de 18 anos optam por parar de trabalhar.

Para aquelas que mantêm o trabalho e têm que manter a cabeça fria, Grzywacz afirma que é muito comum tentarem se convencer que é melhor para ela e para os filhos que ela continue trabalhando. E como as mães lidam com a família, o trabalho e a vida pessoal? Grzywacz revela que a estratégia mais comum é programar todos os eventos da vida.

Outro passo comum para as mães trabalhadoras é baixar as expectativas quanto às noções de uma casa limpa ou uma alimentação saudável, afirma o especialista. “Depois que chegam as crianças, as mães pensam ‘talvez meu parâmetro era alto demais, isso já está bom’”, diz.

Porém, Grzywacz chama a atenção para uma característica que falta às mães modernas: pedir ajuda ao marido ou parceiro é uma das suas últimas estratégias.




Fonte: Live Science

4 dicas científicas sobre as melhores maneiras de conversar com crianças

Para a maioria dos adultos, conversar com crianças pode ser assustador. Não estamos falando apenas de crianças respondonas, mas também daquelas que não dizem absolutamente nada.

Felizmente, a ciência tem algumas dicas para nos ajudar a encontrar os melhores métodos a fim de obter respostas – reais e verdadeiras – de crianças.

Afinal de contas, há muitos mitos por aí sobre as crianças, como “Elas mentem o tempo todo”, “Elas são inocentes e não sabem mentir”, “Elas estão apenas dizendo algo porque seus pais lhes disseram para dizer”, “Elas sempre dizem exatamente o que seus pais não queriam que elas dissessem”, “Elas não dizem nada”, etc. Segundo a ciência, todas estas opções podem ser verdadeiras – que tipo de resposta você recebe de uma criança dependente da forma como você age, não da forma como ela age.


Aprenda a deixá-la falar

A grande maioria das informações sobre como falar com as crianças vem da pesquisa sobre as melhores práticas para entrevistas forenses.

Entrevistas forenses são entrevistas onde o objetivo é conseguir que uma criança lhe diga, com a máxima verdade, tudo o que ele ou ela viu ou que aconteceu com eles. Na maioria das vezes, é feita quando a criança é a testemunha de um crime ou a vítima de um. Por razões óbvias, esses entrevistadores estão sempre procurando minimizar a chance de que suas perguntas criem vieses para que as crianças deem certas respostas, e estão sempre tentando fazer com que as crianças falem a maior parte do tempo.

Felizmente, a maioria de nós não precisa falar com crianças para esta finalidade. Mas, se você estiver tentando ter uma conversa com uma, os conceitos podem ajudar muito.

Como o da narrativa prática. A ideia é deixar a criança confortável, antes de perguntar sobre algo sensível. E, se você estiver apenas perguntando sobre algum evento, deixe a criança lhe contar tudo sobre ele.

Quando uma criança não responde direito, muitos de nós têm o instinto de “ajudá-la”, fazendo perguntas “mais fáceis”. Assim, o convite “Diga-me sobre o seu cão” torna-se uma série de perguntas fechadas, onde o adulto acaba falando mais. Por exemplo: “Este é o seu cão?”, “Qual é seu nome?” e “Ele é marrom?”. A criança apenas responde: “Sim”, “Rex” e “Não”.

As perguntas abertas são questões que não podem ser respondidas com “sim” ou “não” ou uma única palavra. Em conversas de adultos, usamos perguntas fechadas o tempo todo – isso porque a maioria deles sabe que a pergunta “Este é o seu cão?” é um convite para lhe contar tudo sobre o seu cão. Crianças só veem uma pergunta de resposta “sim/não”, e param de falar depois de dar uma resposta.

Ou seja, adultos deveriam fazer convites abertos para obter respostas narrativas das crianças, como “Conte-me tudo sobre X” ou “Você disse X. Conte-me tudo sobre isso”.

Um estudo de 2007 entrevistou 52 jovens que foram vítimas de abuso sexual. As informações dadas pelas crianças eram mais propensas a ser confirmadas por outra fonte quando foram dadas em resposta a convites (perguntas abertas).

Um estudo de 1997 descobriu que crianças de 9 anos ou mais produziam cerca de 50 detalhes quando ouviam perguntas de respostas “sim/não” e 140 detalhes quando a prática da narrativa foi usada. As perguntas abertas significam que as crianças vão lhe dizer mais.

Outro estudo não só descobriu que questões abertas produziam mais respostas de crianças, mas que as perguntas fechadas produziam mais detalhes apenas conforme as crianças cresciam – conforme ficavam mais velhas, aprendiam a não entender perguntas fechadas literalmente.

No entanto, para a maioria das crianças, perguntas fechadas irão suscitar a resposta mais curta possível. Mais do que isso, perguntas fechadas podem fazer uma criança dizer-lhe coisas que ela sabe não serem verdadeiras, porque se sente pressionada a responder esses tipos de perguntas.


Tome cuidado com a indução

Por exemplo, um estudo realizado por Amanda H. Waterman, Mark Blades e Christopher Spencer entrevistou 73 crianças com idades entre 5 a 8 anos. Eles fizeram três perguntas abertas sensíveis (por exemplo, “O que os pássaros comem?”), três perguntas fechadas sensíveis (por exemplo, “O verão é mais quente do que o inverno?”), três perguntas abertas absurdas (por exemplo, “Onde círculos vivem?”), três perguntas fechadas absurdas (por exemplo, “Uma caixa é mais alta do que um joelho?”) e duas perguntas fora de ordem e absurdas (por exemplo, “É trovão mais forte sussurrar uma?”).

Todas as crianças foram informadas de que poderiam dizer que não sabiam a resposta e, quando perguntadas três semanas depois, quase todas as crianças identificaram corretamente as perguntas em uma de duas categorias: as que faziam sentido e as que eram “bobas”. Ou seja, elas entenderam que algumas eram absurdas.

Quase todas as crianças responderam às questões sensíveis, abertas ou fechadas, corretamente. E 90% das crianças responderam às perguntas absurdas abertas corretamente, dizendo que não sabiam. No entanto, 72% das crianças tentaram responder às perguntas fechadas absurdas, mesmo que mais tarde tenham dito que as perguntas eram “bobas”.

Isso é algo que realmente só vem à tona no contexto de entrevista forense, mas as implicações são importantes para qualquer um que converse com crianças: é importante deixar ela saber que pode responder “não sei” a qualquer momento. E mesmo com isso é preciso ter cuidado.

Um estudo de 1999 fez perguntas abertas e fechadas enganosas ou neutras a 157 crianças com idades entre 9 a 13 anos sobre sua viagem a um museu de ciências. Na primeira parte do estudo, quando as crianças tentaram responder a perguntas que não poderiam saber a resposta, o entrevistador reiterou que elas poderiam dizer: “Eu não sei”, e perguntou novamente. Isso diminuiu as respostas para as perguntas enganosas, mas também diminuiu respostas para as não enganosas.

Isto implica que reafirmar a instrução de resposta “eu não sei” durante a entrevista fez as crianças acreditarem que esta era uma resposta correta. Basicamente, as crianças são extremamente sensíveis aos sinais que você dá quando fala com elas.

Na segunda parte do estudo, a instrução “não sei” foi ampliada para também incentivar respostas corretas, o que resolveu o problema. No cotidiano, isso indica que você deve prestar atenção a suas próprias respostas. Você pode não saber que está fazendo isso, mas sorrir para uma determinada resposta pode fazer a criança repeti-la, na esperança de te agradar.

Outro interessante estudo de 2008 envolveu 99 meninos e 99 meninas com idades entre 4 a 7 anos que conversaram com um entrevistador que, em seguida, saiu da sala. Outro adulto entrou e fez uma de quatro coisas: 1) brincou com uma moeda e com Lego, 2) brincou com a moeda e o Lego, mas incentivou a criança a manter isso em segredo, 3) só brincou com a moeda e 4) brincou com a moeda, mas encorajou a criança a dizer que brincou com o Lego.

Em seguida, o entrevistador voltou e fez uma de três coisas: 1) entrevistou a criança normalmente, 2) tranquilizou a criança de que ela poderia dizer ao entrevistador qualquer coisa e que não iria ficar em apuros por isso, ou 3) pediu que a criança prometesse dizer a verdade.

O juramento foi o que aumentou o número de crianças que disseram a verdade, independentemente do que tinha acontecido quando elas passaram um tempo com o outro adulto. Isto implica que pedir a uma criança para te dizer a verdade é o que mais aumenta a chance dela fazer isso.


Escolha bem o que você pergunta

Tempo e números são realmente difíceis para as crianças. Um estudo pediu que 167 crianças de 6 a 10 anos dissessem sua idade, seu aniversário e qual era o mês atual. Aos 10, quase todas as crianças responderam as perguntas corretamente.

Além disso, todas elas estavam em um orfanato. Metade foi questionada sobre sua última casa e metade foi questionada sobre seu último julgamento (dia passado em uma sessão judicial), o que pareciam ser eventos que ficariam na mente de uma criança.

No entanto, apenas 56% das crianças mais velhas puderam responder corretamente a perguntas sobre o último local que moraram e apenas 52,78% delas souberam responder corretamente as perguntas sobre a sua última data de julgamento – o que é somente ligeiramente melhor que o acaso.

Outro estudo fez um evento em torno do Halloween para 86 crianças de 4 a 13 anos de idade. Três meses depois, elas foram questionadas sobre o evento. Menos de 20% se lembraram de que havia ocorrido próximo ao Halloween, e não eram melhores do que o acaso em responder se tinha sido antes ou depois do Halloween.

Ao falar com crianças, fique longe de perguntas sobre o tempo. As chances maiores são de que elas não serão capazes de dizer quando algo aconteceu.

Em termos de números, o mesmo estudo também analisou o grau de precisão das crianças em responder a perguntas sobre quantas vezes elas se mudaram ou foram para o tribunal. Muito, muito poucas puderam dar o número correto. E apenas cerca de dois terços das crianças respondeu corretamente a perguntas como “Uma vez ou mais de uma vez?”.


O que fazer e o que não fazer

Dentre algumas outras coisas que estudos descobriram que incentivam uma criança a falar, usar o nome dela, bem como usar vocais facilitadores (como “Uh-huh” e “Ah”) estão entre elas.

Já sobre o que não fazer, pesquisadores informam que convites obscuros (como apenas dizer “Diga-me mais” ou ainda “Diga-me mais sobre isso”) não ajudam.

Convites em forma de perguntas também não. Por exemplo, “Você disse X. Diga-me mais sobre X” com certa inflexão que torna-se “Você disse X?” e transforma a resposta em “sim/não”, interrompendo a narrativa da criança e podendo causar uma resposta errônea.

Fonte: io9

Barriga de aluguel de 'Amor à Vida' seria ilegal. Veja soluções dentro da lei


É possível usar o óvulo de uma das parceiras, com o espermatozoide de um doador anônimo e introduzir no útero da outra mulherFoto: Getty Images


Conheça alternativas e procedimentos que permitem que casais homossexuais realizem o sonho de ter filhos

Tema levantado pela novela Amor à Vida, da TV Globo, o ressarcimento pelo uso temporário do útero para gestação de uma criança, procedimento popularmente conhecido como “barriga de aluguel”, é proibido pelo Conselho Federal de Medicina. Na trama, o casal homoafetivo Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony) planeja constituir uma família e os personagens querem realizar o sonho de ter o primeiro filho. Para isso, eles buscam uma mulher que ceda o útero para efetivar a fertilização in vitro (FIV). 

A escolhida deve ser a personagem Amarilys (Danielle Winits), amiga dos personagens. A história esbarra em dois obstáculos, porém, de acordo com a diretora do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, Maria Cecília Erthal. O primeiro é a falta de parentesco entre a dona do útero e o doador do espermatozoide. Além disso, o óvulo para o procedimento precisa ser de doadora anônima.

“Com casais homossexuais masculinos, não temos nem o óvulo, nem o útero. É feito um acordo entre os dois sobre quem doará o sêmen, buscamos uma doadora de óvulos anônima, e o útero precisa ser de familiar até o quarto grau de parentesco, segundo a CFM”, detalhou a ginecologista. 

A nova diretriz da CFM, publicada no início de 2013, afrouxou as regras em relação à reprodução humana. Antes da fertilização in vitro, para atender a demanda de “casais masculinos”, só era permitido até o segundo grau de parentesco. Entretanto, o envolvimento de terceiros no processo ainda não foi liberado.

“Teríamos que encaminhar o caso ao CFM, explicando a falta de parentes para realizar a fertilização e pedindo autorização para uma amiga participar”, explicou Maria Cecília, mostrando uma possibilidade de como resolver. O pedido costuma ter resposta positiva, mas estende o tempo total do procedimento de dois para seis meses, segundo ela. 

Para as mulheres com intenção de ter filhos juntas, as complicações são menores, e é possível que as duas desfrutem a gestação. A diretriz da CFM permitiu uma espécie de "gravidez compartilhada": “usamos o óvulo de uma das parceiras, com o espermatozoide de um doador anônimo, e introduzimos no útero da outra mulher”, explicou Maria Cecília. A grávida não consegue transmitir códigos genéticos ao bebê, mas vive toda a experiência de ser mãe. “Aumenta o envolvimento das duas”, considerou a médica. 

Fertilização in vitro x inseminação artificial

A opção para gerar um filho oferecida pela medicina a casais do sexo masculino é a fertilização in vitro (conhecida como FIV), disse a especialista em reprodução humana. É colhido o sêmen de um dos homens para fertilizar, em laboratório, o óvulo de uma doadora desconhecida. O embrião é, então, introduzido no útero de uma parenta de até quarto grau. A FIV também é opção para “casais femininos” que tenham problemas para engravidar. “O procedimento tem 60% de chances de dar certo, custa entre R$ 15 mil e R$ 18 mil, leva cerca de 60 dias para homens e 20 dias para mulheres”, afirmou Maria Cecília. 

A inseminação artificial intrauterina é um tratamento menos complicado do que a FIV que atende apenas os casais homoafetivos do sexo feminino. “Pegamos o sêmen de um doador anônimo, separamos os bons espermatozoides e introduzimos no útero da futura mãe no período correto”, explicou a ginecologista. O custo é menor, segundo ela, gira em torno de R$ 5 mil e em poucos dias pode-se fazer a intervenção. Porém, a estimativa de sucesso cai para 20%, aproximadamente. 

Adoção sem preconceitos

Os homossexuais conseguiram legalizar a relação homoafetiva, atraem milhões de pessoas todos os anos à avenida Paulista pelo movimento em prol à causa LGBT e podem adotar crianças sem qualquer discriminação, segundo o desembargador coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antônio Carlos Malheiros. “Eu já apoiava a causa, mas depois do julgamento equiparando as uniões homossexuais com as heterossexuais não há razões para haver recusa”, disse.

Fonte: Terra

Por que beijamos?

Certos comportamentos humanos são difíceis de entender. Enquanto poucos questionam por que fazemos sexo – afinal, é a nossa forma de se reproduzir -, o beijo é uma atividade mais contestada. Afinal, por que nós beijamos?

Do ponto de vista evolutivo, o beijo não parece ter alguma vantagem óbvia. Mas alguns cientistas e especialistas – pessoas que formalmente estudam a anatomia e a história evolucionária do beijo, que se chamam de filematologistas – possuem algumas ideias.
Os filematologistas ainda não conseguiram explicar conclusivamente como o beijo humano se originou, mas eles têm algumas teorias.

A grande questão a ser resolvida é se o beijo é um comportamento aprendido ou instintivo. Alguns dizem que é um comportamento aprendido, que remonta aos tempos de nossos ancestrais humanos.

Naquela época, as mães mastigavam comida e a passavam de suas bocas para as de seus bebês desdentados. Mesmo depois dessa fase, as mães continuavam a pressionar seus lábios contra as bochechas de crianças, para confortá-las.

Outro fato que apoia a ideia de que o beijo é aprendido é o de que nem todos os humanos se beijam. Certas tribos ao redor do mundo simplesmente não sabem o que estão perdendo – 10% da população humana, de acordo com os antropólogos, não se beija.

Outros acreditam que o beijo é, sim, um comportamento instintivo – e citam os animais como prova. Enquanto a maioria dos animais esfrega os narizes em um gesto de carinho bem parecido com um beijo, outros gostam de beijar exatamente como os seres humanos.

Os bonobos, por exemplo, inventam qualquer desculpa para trocar saliva. Eles se beijam depois de brigas, para consolar um ao outro, para desenvolver vínculos sociais e, às vezes, sem nenhuma razão aparente – assim como nós.

Hoje, a teoria mais aceita sobre o beijo é de que os seres humanos fazem isso porque nos ajuda a “farejar” um companheiro de qualidade.

Quando nossos rostos estão próximos, nossos feromônios trocam informações biológicas sobre se as duas pessoas resultariam em filhos fortes (com bom sistema imunológico, e, portanto, saudáveis).

“É muito possível que tenhamos começado a beijar para sentir o gosto e o cheiro de alguém”, disse Ana Alexandra Carvalheira, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica. “O olfato é o órgão mais primitivo e mais poderoso a nível sexual naquilo que é a atração e o prazer”.

As mulheres, por exemplo, subconscientemente preferem o cheiro de homens cujos genes para certas proteínas do sistema imunológico são diferentes das suas. Este tipo de mistura poderia produzir descendentes com sistemas imunológicos mais fortes, e melhores chances de sobrevivência.

Vale lembrar que, do ponto de vista científico, pensa-se que cabe às fêmeas escolher o seu parceiro para procriar, e que elas têm uma obrigação filogenética de encontrar um bom companheiro – visto por esse lado, o comportamento de uma fêmea de beijar vários homens significa apenas que ela está tentando encontrar o “cara certo” para passar adianta seus genes.

Ainda assim, a maioria das pessoas (cerca de 90% delas!) está satisfeita com a explicação de que os humanos se beijam simplesmente porque é muito bom. Nossos lábios e línguas são cheias de terminações nervosas, que ajudam a intensificar todas aquelas sensações vertiginosas de estar apaixonado quando apertamos nossa boca na de outra pessoa.

O beijo liberta ocitocina, um hormônio ligado ao amor e a excitação sexual. Através desta liberação, aumentam também os níveis de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.

Em resumo, a estimulação cerebral causada por um beijo leva à produção de ocitocina, noradrenalina, dopamina e serotonina, que influenciam o humor, a ansiedade, o sono e a alimentação.

Segundo Margarida Braga, do Departamento de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), a saliva contém ainda testosterona, sendo uma das explicações prováveis para alguns estudos afirmarem que os homens preferem beijos mais úmidos e com a boca mais aberta – o que favorece a estimulação sexual da mulher e permite avaliar sua fertilidade e o ciclo estrogênico.

Mulheres grávidas podem controlar quando nascem seus filhos

Será que as mulheres grávidas conseguem controlar quando seus filhos vão nascer? Pesquisadores da Universidade Yale, nos EUA, acreditam que sim: eles descobriram um aumento nos nascimentos espontâneos no Dia dos Namorados (3,6% superior à média), e um número anormalmente baixo de nascimentos espontâneos no Halloween (5,3% inferior ao normal).
O estudo foi baseado em informações de certidão de nascimento de todos os nascimentos nos EUA perto de cada feriado durante 11 anos, no total, mais de 1,8 milhões de nascimentos.
Menos surpreendente, muito menos mulheres optam por uma cesariana em 31 de outubro do que o normal (menos 16,9%), enquanto muitas escolhem o Dia dos Namorados para a sua nova chegada (até mais 12,1%).
“Este estudo questiona a suposição de que o termo ‘nascimentos espontâneos’ representa que eles estão fora do controle das mulheres grávidas”, diz a pesquisadora Becca Levy, professora de epidemiologia e psicologia.
“Parece que as mulheres grávidas podem acelerar ou atrasar os nascimentos espontâneos, dentro de um prazo limitado, em resposta a representações culturais”, explica Levy.

Fonte: Telegraph