Médicos descobrem árvore crescendo em pulmão de paciente

Russo reclamava de dor no peito e tosse; médicos suspeitaram de câncer.
Em cirurgia, foi encontrada planta de cerca de 5 cm em órgão de paciente.


Pulmão de jovem russo virou 'vaso' para árvore. (Foto: Reprodução/mosnews.com)


Cirurgiões na Rússia acreditavam que iriam retirar um tumor do pulmão de um paciente de 28 anos. No entanto, eles encontraram uma planta - de cerca de 5 centímetros - crescendo no interior do órgão do paciente.

O incidente ocorreu na região dos Urais, segundo o diário "Komsomolskaya Pravda". Artyom Sidorkin reclamava de dor no peito e relatava aos médicos que tossia sangue.

"Quando me disseram que haviam encontrado uma árvore no meu pulmão, pisquei e acreditei que estava delirando", conta Sidorkin.

Os médicos acreditam que Sidorkin tenha inalado uma semente de um abeto - uma árvore conífera comum na América do Norte, Ásia e Europa -, que depois começou a brotar em seu pulmão.

Catástrofe no Nordeste – Desastre nascido nos oceanos

Doloroso. Aterrador. As imagens que chegam de Pernambuco e Alagoas são terríveis. Lembram cenas de áreas tropicais arrasadas por furacões ou tsunamis, tamanho o nível de devastação. O colega de equipe Alexandre Aguiar me comentava da semelhança de algumas das imagens com o desastre provocado pela chuva em Gonaives, no Haiti, mas a ironia é que se sabe dos riscos do Haiti e do Nordeste do Brasil vige o mito de que se trata da região do Brasil com clima mais "tranqüilo" e que paradoxalmente está passando pelo que pode vir a ser a mais grave catástrofe natural da história recente do país.
  
As dimensões da catástrofe no Nordeste são equivalentes a de uma guerra nas áreas mais afetadas. O governo de Alagoas confirmou a morte de 29 pessoas e o desaparecimento de outras 600. De acordo com a Secretaria da Defesa Social do Estado, 177.282 pessoas foram afetadas. Em Pernambuco, o número de vítimas chega a 12. Não há informações sobre desaparecidos. O número de desabrigados chega a 50 mil e 11.400 casas foram destruídas. Veja as imagens  aéreas da tragédia (clique sobre as fotos para vê-las ampliadas e em detalhes).
O que aconteceu em parte dos estados de Alagoas e Pernambuco guarda semelhança com o que ocorreu no Vale do Rio Pardo, aqui no Rio Grande do Sul, na primeira semana deste ano, e na região de Pelotas, em janeiro de 2009, logo é muito diferente das tragédias de Santa Catarina e do Rio, onde queda de encostas trouxeram vítimas e destruição. As mortes no Nordeste, na sua grande maioria, não decorreram de deslizamentos, mas de uma verdadeira massa de água, que moradores compararam a um tsunami, que "varreu" a região, levando tudo que tinha pela frente. Clique sobre a foto abaixo para ampliar e veja pela posição dos coqueiros e os demais danos como a água avançou sobre as cidades com ferocidade e rapidez que não permitiram às pessoas escapar.
  
Somente um volume de chuva extraordinário poderia provocar tamanha enxurrada. Em algumas áreas foram mais de 400 milímetros em tão-somente 72 horas. Observe no mapa com a chuva estimada por satélite dos últimos dias que o volume extremo de chuva foi muito localizado, o que ajuda a explicar a concentração severa de danos.
  
Uma tragédia colossal como esta que afeta os irmãos nordestinos sempre instiga uma série de questionamentos sobre as suas causas. Inicialmente, é importante deixar claro que esta é uma época do ano que costuma chover mais no Nordeste, especialmente nas zonas próximas do mar. A região sofre a influência das chamadas "ondas de Leste", as easterly waves ou ondas tropicais de instabilidade que se propagam da costa africana pelo Atlântico até o Nordeste do Brasil. Mais ao Norte, estas mesmas ondas dão origem a alguns dos furacões que assolam o Caribe e os Estados Unidos.
  
Veja o mapa acima com a anomalia de temperatura dos oceanos medida no dia 22 de junho e note como as águas do Atlântico estão mais quentes que a média na costa do Nordeste e em todo o trajeto percorrido pelas ondas tropicais entre a África e a América do Sul. Note, então, no mapa abaixo como este aquecimento não é dos últimos dias e tem sido uma constante neste ano.
  
Há estudos publicados, como de Teresinha Xavier, que correlacionam a TSM (temperatura da superfície do mar) no Atlântico com as ondas de Leste que chegam ao Nordeste brasileiro. Xavier, em um de seus estudos, propôs que "o aumento das temperaturas no Atlântico intertropical poderá representar a intensificação de chuvas, pelo menos no litoral da região.", acrescentando que "temperaturas mais elevadas na costa da África, ao sul da linha equatorial, levariam à intensificação das ondas de Leste, podendo implicar numa tendência de chuvas intensas na Zona da Mata". Me parece que este é um caso evidente. Algumas áreas do Atlântico tiveram no primeiro trimestre os maiores valores de TSM anotados em cem anos de observação. No Atlântico Sul, não se observava aquecimento semelhante desde 1972/1973. Os mesmos elementos de TSM descritos em comentário aqui na semana passada sobre uma possível temporada ativa de furacões neste ano no Atlântico Norte ajudam a explicar o que ocorreu no Nordeste. Por fim, não é possível correlacionar ainda, ao meu ver, o resfriamento do Pacífico com este episódio no Nordeste. Se houve alguma influência foi mínima, mas por ter se tratado de um evento isolado e as mudanças nos regimes de chuva não se operarem de forma automática à mudança de sinal no Pacífico parece-me que a resposta está muito mais no Atlântico do que no Pacífico. Mas, como nada se opera isoladamente, é minha crença que este enorme aquecimento do Atlântico tropical neste ano é resultado do intenso aquecimento das águas tropicais próximas do Equador em conseqüência do finado evento de El Niño.

Beber café e chá ‘com moderação’ reduz risco de doença do coração

Pesquisadores holandeses consideram benéfico o consumo de 2 a 6 xícaras ao dia: 
 
Bebe de duas a quatro xícaras de café por dia
tem 20% menos risco de ter doenças cardíacas
O consumo moderado e chá e café pode reduzir doenças do coração, segundo estudo de pesquisadores holandeses publicado em um periódico da American Heart Association (Associação Americana do Coração).
De acordo com pesquisadores holandeses que lideram o estudo, beber mais de seis xícaras de chá por dia diminui em 36% o risco de doenças cardíacas, comparado as pessoas que bebem menos de uma xícara de chá ao dia.
Eles ainda indicam que beber três a seis xícaras de chá por dia reduz em até 45% o risco de morte por doença cardíaca, comparado ao consumo de menos de uma xícara por dia.
Já relacionado ao consumo de café, de acordo com os pesquisadores, quem bebe de duas a quatro xícaras de café por dia tem 20% menos risco de ter doenças cardíacas se comparado aos que bebem menos de duas xícaras ou mais de quatro.
Apesar de não ser considerado de forma significativa, o consumo moderado de café reduziu levemente o risco de morte por doenças cardíacas e de morte por outras causas. Os pesquisadores também não descobriram que nem o consumo de café e chá afetam o risco de ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Saiba como ser um doador de medula óssea

A doação e o transplante não precisam de cirurgia; todo o processo é seguro e voluntário

J Humberto/AgNewsFoto por J Humberto/AgNews
 
Drica descobriu que tem leucemia mieloide aguda em fevereiro deste ano.
A atriz Drica Moraes, que sofre de um câncer chamado leucemia, vai passar por um transplante de medula óssea que pode fazer com que ela fique curada da doença. O tecido, tão importante para a vida de Drica, não vai vir de parentes dela, mas sim de uma pessoa cadastrada no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), um banco de dados com informações de voluntários interessados em fazer a doação. O caso da artista mostra a importância desse tipo de atitude.


A medula óssea, que é um líquido, é responsável pela produção de hemácias, leucócitos e plaquetas presentes no sangue (veja mais informações no infográfico abaixo). O transplante desse tecido é indicado para alguns tipos de leucemia – a atriz sofre de uma "versão" da doença chamada mieloide aguda, que é mais comum em adultos. O problema, que progride rapidamente, faz com que a medula produza um grande número de células sanguíneas anormais.

Após o transplante, em que os médicos substituem a medula doente por meio de um método muito parecido com a transfusão de sangue, a expectativa é que o corpo passe a produzir células normais novamente. Para ser submetido ao procedimento, o paciente é internado e passa por quimioterapia (às vezes também por radioterapia) para destruir o tecido velho.

Segundo Fábio Kerbauy, hematologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em transplante de medula óssea, os casos de rejeição são muito raros.

A importância de ser um doador
Não existe fila de espera para receber esse transplante. Isso ocorre porque o paciente precisa ter compatibilidade genética com o doador. A chance de um paciente encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil.

É por essas razões que a busca por um doador começa dentro da família. No entanto, as chances de encontrar um doador ideal entre irmãos (de mesmo pai e mãe) é de 25%.

Para buscar um doador não aparentado, as informações dos pacientes são cruzadas com as dos possíveis doadores cadastrados no Redome.

Os interessados em fazer parte do banco de dados devem procurar um dos hemocentros habilitados e preencher uma ficha com informações pessoais. Será retirada pela veia uma pequena quantidade de sangue (5 ml) do doador para a realização de um exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante.


Kerbauy afirma que, para realizar a doação, não é preciso coletar a medula óssea como um todo.
- As células-tronco dos doadores é que são coletadas. Essas células são capazes de se multiplicar e de formar uma nova medula.

Existem três formas de fazer a coleta da medula do doador. No primeiro caso, retira-se com uma agulha cerca de 15% do tecido do voluntário. A segunda opção é a pessoa passar por um procedimento chamado aférese – ela recebe uma medicação que permite a retirada das células-tronco por meio das veias do braço.
Já o sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, é a terceira alternativa. Esse material pode ser coletado e congelado.

Todos os candidatos à doação devem ter entre 18 e 55 anos. Por ano, no Brasil, são cerca de 130 transplantes de medula óssea entre não aparentados.

Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo

As pessoas que tomam mais de seis xícaras de chá por dia reduzem o risco de doenças do coração em um terço, segundo um estudo holandês que é desenvolvido há 13 anos. Além disso, o consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor. Para chegar a esta conclusão, a pesquisa envolveu 40 mil pessoas nesse período.
Enquanto o efeito benéfico cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, as pessoas que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada.
O café tem propriedades que poderiam, em teoria, aumentar ou reduzir os riscos na saúde, já que potencialmente aumenta o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca. Porém, o estudo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%.
"É basicamente um histórico de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte pelo consumo excessivo", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.
Durante os estudos, os cientistas observaram uma variação em virtude de um costume do país. Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite, e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerada a substância mais benéfica encontrada no chá.
Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou induzir a morte por doenças cardíacas.
"Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim, sem se exercitar, provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.

Fonte: BBC

Sábado é dia de vacinação contra paralisia infantil

Vacinação será em duas doses. Equipes de saúde aproveitarão oportunidade para atualizar cartão de vacinação

Todas as crianças menores de cinco anos deverão se vacinar contra paralisia infantil (poliomielite) neste sábado, dia 12. Os pais deverão levar seus filhos a um dos 115 mil postos espalhados por todo o país para a primeira dose. A segunda dose será aplicada dia 14 de agosto. A vacina é oral, e mesmo quem já tomou antes deve participar.

O Zé Gotinha, personagem da campanha, veste este ano a camisa da seleção brasileira, aproveitando o clima de Copa do Mundo. O slogan é “Vacinou, é gol”, lembrando a importância do país continuar livre da poliomielite. Desde 1989, o Brasil não registra nenhum caso, mas ainda existe o risco da doença vir de um país estrangeiro.

Serão disponibilizadas cerca 24 milhões de doses para esta primeira fase, e mais 24 milhões para a segunda, em agosto. Serão mobilizados 350 mil profissionais e 42 mil veículos terrestres , marítimos e fluviais. A meta é imunizar, na primeira etapa, 95% das crianças menores de cinco anos, ou 14,6 milhões.

Mais de 30% dos brasileiros têm doenças crônicas

Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 59,5 milhões de pessoas (31,3% da população no Brasil) têm alguma doença crônica – problemas que geralmente se desenvolvem de forma lenta e duram por muito tempo, como hipertensão, asma e diabetes. Quase 6% das pessoas declaram ter três ou mais desses problemas.

Os dados fazem parte de um suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e se referem a 2008. O problema é mais grave na região Sul, onde 35,8% das pessoas entrevistadas disseram ter esse tipo de doença. A lista segue com Sudeste (34,2%), Centro-Oste (30,8%), Nordeste (26,8%) e Norte (24,6%). De acordo com a pesquisa, o problema atinge 35,2% das mulheres e 27,2% dos homens.
Os principais problemas encontrados na pesquisa do IBGE foram: hipertensão (14%), problema de coluna ou costas (13,5%), artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5%), depressão (4,1%), doença de coração (4,0%) e diabetes (3,6%). Para essa última doença, é importante ressaltar que o índice sobe para 8,1% entre as pessoas 35 anos ou mais.

As doenças crônicas são um problema grave para a saúde pública. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que males como doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes e problemas respiratórios são a maior causa de mortes no mundo, fazendo com que aproximatamente 35 milhões de pessoas percam a vida todos os anos – os números se referem a 2008. Cerca de 60% das mortes que acontecem em países pobres estão relacionadas essas doenças. O índice sobe para 80% em nações em desenvolvimento.
E, de acordo com a OMS, grande parte dessas mortes poderia ser evitada se a população eliminasse fatores de risco como o fumo, consumo de álcool, sedentarismo e dietas pouco saudáveis.

No quesito fumo, o índice ainda é alto entre os brasileiros. Na população com 15 anos ou mais de idade, 15,1% são fumantes diários e 2,1% fumam ocasionalmente. A região Sul tem o maior percentual de fumantes correntes (soma dos diários com os ocasionais): 19,3%. A incidência do tabagismo entre os homens é maior (21,5%), na comparação com as mulheres (13,2%).

Câncer matará 13,2 milhões por ano até 2030, diz ONU

Em 2008, 63% das mortes ocorreram em países em desenvolvimento.
Pulmão é o órgão mais atacado pela doença.

Reuters
Até 2030, o câncer deve matar mais de 13,2 milhões de pessoas por ano, quase o dobro do número de vítimas da doença em 2008, disse a Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (AIPC, um órgão da ONU) nesta terça-feira (1º).
Também em 2030, a previsão é de que quase 21,4 milhões de novos casos sejam diagnosticados por ano.
Ao lançar um novo atlas da incidência global do câncer em 2008, último ano com dados disponíveis, a agência disse que o ônus do tratamento está cada vez mais passando dos países ricos para os pobres.
"O câncer não é raro em lugar nenhum do mundo, nem confinado a países de altos recursos", disse a AIPC em nota.

Em 2008, houve 12,7 milhões de novos casos de câncer, e 7,6 milhões de mortes. Cerca de 56 por cento dos novos casos e 63 por cento das mortes foram nos países em desenvolvimento.

Naquele ano, os tipos mais comuns de câncer foram de pulmão (1,61 milhão de casos), mama (1,38 milhão) e colorretal (1,23 milhão). Os mais letais foram os de pulmão (1,38 milhão de mortes), estômago (740 mil) e fígado (690 mil).