Consumo de salmão de aquicultura pode ser menos saudável do que você imagina



Atenção na hora de comprar é essencial

A carne de salmão sempre foi considerada uma das alternativas mais saudáveis ao consumo de carne vermelha e de porco por conta do seu baixo teor de gordura e da grande quantidade de ômega 3. Mas essa não é uma verdade completa. Os possíveis problemas de saúde e o impacto ambiental associado à aquicultura desse peixe podem colocar em xeque seu caráter saudável.



Alimentação


Principalmente no Brasil, o salmão mais encontrado no mercado é o de aquicultura. De acordo com o relatório Salmon Farming Industry Handbook 2012, 60% de todo salmão comercializado no mundo é proveniente da criação do peixe. Entre os principais países produtores estão o Canadá, Noruega, Chile e Escócia.

O principal problema para a saúde humana está na forma como os peixes são alimentados, que faz com que o salmão tenha mais gordura, menos ômega 3 e mais calorias.

A cantaxantina é um composto químico que está presente na alimentação dos salmões e é utilizado para realçar a cor avermelhada da carne do peixe. No entanto, em grandes quantidades, seu consumo está relacionado ao desenvolvimento de problemas de visão, anemia, náuseas e diarreia.





Impactos ambientais
A principal vítima da aquicultura de salmão são os salmões selvagens. Estudos mostram que grandes criadouros com uma quantidade considerável de salmões são o ambiente propício para o desenvolvimento de parasitas perigosos, como o piolho de peixe.

No Canadá, pesquisas apontam que esse problema se tornou ainda mais sério. A explosão da população de piolhos de peixe causou, em algumas regiões, a diminuição de 80% da população de salmão rosa.

Já na Finlândia, pesquisadores afirmam que o problema é o fortalecimento e maior resistência de doenças. Enquanto os peixes dos criadouros são tratados com medicamentos, os salmões selvagens acabam infectados e morrendo.

A própria estrutura necessária para a aquicultura pode causar sérios problemas ambientais, caso não siga padrões preestabelecidos. Em geral, os criadouros são montados no mar e, de acordo com a Food and Agriculture Organization da ONU (FAO), quando instalados em locais com correntes inadequadas podem causar o acúmulo de metais pesados, como o cobre e o zinco, no fundo do mar.


Alternativas

Uma tendência que tem ganhado força é a aquicultura em terra, realizada em grandes tanques. Essa é uma possibilidade quando o assunto é o impacto ambiental desse tipo de atividade. Por outro lado, os problemas relacionados ao consumo de salmão não são necessariamente resolvidos com essa solução.

O importante é ter em mente que mesmo que o salmão proveniente de criação não seja tão saudável quando o selvagem, ele ainda é benéfico à saúde. Sempre que possível, opte pelo salmão selvagem. Ele é facilmente reconhecível pela sua cor, um vermelho vivo e escuro, como na imagem acima.

Fonte: eCycle