Criação de empregos diminui 25,8% em março

O pior desempenho ocorreu no setor industrial, em particular na indústria de produtos alimentícios


O ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, por outro lado, destacou a alta nas vagas em relação ao mesmo mês do ano anterior / Divulgação / Agência Brasil 
ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, por outro lado, destacou a alta nas vagas em relação ao mesmo mês do ano anterior Divulgação / Agência Brasil

Em março, foram criados no Brasil 111.746 postos de trabalho com registro em carteira assinada. 

Em relação ao mês de fevereiro, houve uma queda no saldo de vagas de 25,8%, ou seja, houve uma desaceleração, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta segunda-feira pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). 


Pela primeira vez desde julho de 2011, foi registrada criação de empregos superior ao mesmo mês no ano anterior, já que houve uma alta de 20,6% em relação a março do ano passado. “A criação de 20,6% de postos a mais que em março de 2011 sinaliza o acerto das medidas adotadas pelo governo federal para elevar a criação de empregos formais”, afirmou o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto.

O maior responsável pelo saldo positivo foi o setor de serviços, com a geração de 83.182 (0,53%)  vagas formais. O comportamento favorável é oriundo da expansão do emprego nos seis ramos que o compõem, com saldo recorde para o subsetor de Ensino e o de Serviços Médicos e Odontológicos. 

Por outro lado, a queda do emprego na Indústria de Transformação, com perda de 5.048 postos (-0,06%) pode ser atribuída, em grande parte, ao desempenho negativo da Indústria de Produtos Alimentícios, que teve redução total de 25.211 postos no mês (-1,34%). 

O maior impacto para o ramo veio do Nordeste, onde houve perda de 33.704 postos de trabalho, relacionados particularmente às atividades de Fabricação de Açúcar. 

O diretor do Departamento de Emprego e Salários do MTE, Rodolfo Torelly, explica que, nos meses de março, a Agricultura tem, geralmente, um resultado levemente positivo, mas este ano apresentou uma queda de 17 mil empregos, o que impactou diretamente a Indústria de Alimentos. 
“Esse foi o principal fator que impediu um resultado positivo para a Indústria, já que na Indústria de Alimentos foram perdidos 25 mil postos de trabalho”.

A queda do emprego na Agricultura (-17.084 postos ou -1,09%) originou-se de movimentos negativos e positivos em seus ramos de atividade. Entre os desempenhos negativos em destaque estão o Cultivo de Laranja (-9.693 postos), Cultivo de Frutas de Lavouras Permanentes, exceto Laranja e Uva (-5.001 postos) e Atividades de Apoio à Agricultura (-3.265 postos). Já o desempenho positivo em destaque é o Cultivo de Cana-de-Açúcar (+4.525 postos).

Por outro lado, os ramos industriais que se sobressaíram positivamente, em termos absolutos, foram: Indústria da Borracha, Fumo e Couros (+5.460 postos ou +1,57%), Indústria de Calçados (+3.919 postos ou +1,10%), Indústria Química (+3.335 postos ou +0,36%), Indústria Têxtil (+2.728 postos ou +0,27%) e Indústria de Materiais Elétricos e Comunicação (+2.090 postos ou +0,67%). A Indústria de Papel e Papelão (-354 postos ou -0,09%) e a Indústria de Material de Transporte (-143 postos ou -0,02%) evidenciaram leve queda no emprego.


Fonte: band.com.br

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