A doação e o transplante não precisam de cirurgia; todo o processo é seguro e voluntário
Foto por J Humberto/AgNews
Drica descobriu que tem leucemia mieloide aguda em fevereiro deste ano.
A medula óssea, que é um líquido, é responsável pela produção de hemácias, leucócitos e plaquetas presentes no sangue (veja mais informações no infográfico abaixo). O transplante desse tecido é indicado para alguns tipos de leucemia – a atriz sofre de uma "versão" da doença chamada mieloide aguda, que é mais comum em adultos. O problema, que progride rapidamente, faz com que a medula produza um grande número de células sanguíneas anormais.
Após o transplante, em que os médicos substituem a medula doente por meio de um método muito parecido com a transfusão de sangue, a expectativa é que o corpo passe a produzir células normais novamente. Para ser submetido ao procedimento, o paciente é internado e passa por quimioterapia (às vezes também por radioterapia) para destruir o tecido velho.
Segundo Fábio Kerbauy, hematologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em transplante de medula óssea, os casos de rejeição são muito raros.
A importância de ser um doador
Não existe fila de espera para receber esse transplante. Isso ocorre porque o paciente precisa ter compatibilidade genética com o doador. A chance de um paciente encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil.
É por essas razões que a busca por um doador começa dentro da família. No entanto, as chances de encontrar um doador ideal entre irmãos (de mesmo pai e mãe) é de 25%.
Para buscar um doador não aparentado, as informações dos pacientes são cruzadas com as dos possíveis doadores cadastrados no Redome.
Kerbauy afirma que, para realizar a doação, não é preciso coletar a medula óssea como um todo.
- As células-tronco dos doadores é que são coletadas. Essas células são capazes de se multiplicar e de formar uma nova medula.
Existem três formas de fazer a coleta da medula do doador. No primeiro caso, retira-se com uma agulha cerca de 15% do tecido do voluntário. A segunda opção é a pessoa passar por um procedimento chamado aférese – ela recebe uma medicação que permite a retirada das células-tronco por meio das veias do braço.
Já o sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, é a terceira alternativa. Esse material pode ser coletado e congelado.
Todos os candidatos à doação devem ter entre 18 e 55 anos. Por ano, no Brasil, são cerca de 130 transplantes de medula óssea entre não aparentados.
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