No Brasil, cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente por auto-medicação






Problema mundial – A automedicação não é uma prática exclusiva do brasileiro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o problema alcançou dimensões globais. Segundo a OMS, aproximadamente metade da população mundial toma remédios sem prescrição médica. No Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente porque consomem medicamentos por conta própria. Os óbitos estão freqüentemente relacionados com intoxicações, reações de hipersensibilidade e alergias. Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que os remédios são responsáveis por 27% das intoxicações registradas no Brasil e por 16% das mortes relacionados a esses episódios.















A automedicação, prática rotineira no Brasil, não está disseminada apenas entre os adultos. As crianças e adolescentes também consomem medicamentos de forma indiscriminada, o que pode acarretar sérios problemas de saúde para esse contingente. De acordo com estudo, 56,6% da população com idade igual ou menor de 18 anos das cidades consumem remédios sem prescrição médica nos 15 dias que antecederam a pesquisa.
Um dado curioso, é que na maioria dos casos (51%) a indicação do medicamento havia sido feita pelas mães das crianças e adolescentes.
O estudo apontou, ainda, que as crianças e adolescentes assistidos pelo sistema público de saúde também têm mais chances de receber ou recorrer à automedicação. A explicação para o comportamento é relativamente simples. Por conta da dificuldade ou demora no atendimento, muitos enfrentam seus problemas de saúde tomando remédios indicados pelos pais, amigos ou vizinhos. Entre os medicamentos mais comuns apareciam antibióticos e antiinflamatórios. Uma situação relativamente comum foi a identificação de produtos vencidos, e que poderiam eventualmente ser utilizados.

Um comentário:

Unknown disse...

O problema é sério realmente, mas concordo que para muitos é um drama conseguir ser consultado por um médico para diagnosticar uma doença, por isso a prática da automedicação. Existem países em que aos médicos cabe apenas o diagnóstico da doença e aos farmaceuticos a indicação do melhor remédio para ela, mas creio que isso não ajudaria em nada por aqui. Mas sempre que meu marido viaja para o exterior, ele leva um "kit" com alguns remedinhos básicos, pois lá fora nem Paracetamol se compra sem receita!